Travis Scott deu a sua primeira entrevista desde a tragédia que aconteceu no festival Astroworld, no passado dia 5 de novembro, durante um dos seus concertos. Ao todo morreram 10 pessoas, incluindo uma criança, Ezra Blount, de nove anos.
O rapper garantiu que "não ouviu" o pedido de ajuda do público, daí ter continuado a atuar, mesmo depois da confusão ter começado.
Numa conversa que aconteceu esta quinta-feira, 9 de dezembro, com Charlamagne tha God em 'The Breakfast Club' este acrescentou: "Tudo o que podia fisicamente [fiz]. Sabendo o que se passou... apenas desejas que tivesses feito algo melhor. Mas fiz tudo o que podia, mantenho essa versão".
"Apenas queres ter a certeza que os fãs conseguem a atenção de que precisam. Deixo-me levar pela energia deles. Mas não ouvi [os gritos]", garante.
"Não soube dos detalhes exatos até minutos antes da conferência de imprensa [após o concerto]", acrescentou, revelando que o barulho da pirotecnia em palco tornou impossível perceber o que estava a acontecer. "Só podes ajudar nas coisas que consegues ver ou ouvir, e quando eles dizem para parar, tu paras", disse.
"Tenho a responsabilidade em perceber o que se passa lá. Tenho a responsabilidade de encontrar uma solução. Espero que este tenha sido um passo para nós, como artistas, termos uma maior percepção do que se está a passar", sublinha, realçando a importância dos outros profissionais presentes nestas ocasiões e sublinhando que "os artistas só tratam da parte criativa".
"Eu sou a cara do festival. Sou o artista. Por isso a imprensa quer culpar-me", lamenta ainda
Apesar de se considerar inocente, o namorado de Kylie Jenner expressou a sua solidariedade para com as famílias das vítimas e os fãs: "Estarei sempre aqui. Estou nisto com vocês. Adoro-vos e vou estar sempre aqui para vos ajudar a ultrapassar isto. Percebo que estejam de luto a perceber o que se passou. E não é uma coisa apenas para agora, mas para sempre".
"Estas pessoas que vieram ao concerto são a minha família. Sempre terei uma ligação com as pessoas que ouvem a minha música ou que vêm aos meus espetáculos. É muito difícil para mim. Eles perderam os seus entes queridos. Por isso é duro", adianta.
"Vou compensar as pessoas no futuro. Vou resolver isto e encontrar uma solução para ter a certeza que não volta a acontecer e, definitivamente, ser a voz principal", completa.
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