"Dizer que a doença o venceu é mais que uma imprecisão - é uma injustiça"
Nuno Markl junta-se às várias homenagens ao DJ Magazino, que morreu esta quinta-feira.
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Fama DJ Magazino
As homenagens ao DJ Magazino continuam a surgir nas redes sociais com várias caras conhecidas a prestarem um tributo ao famoso DJ português.
Entre as muitas publicações que foram feitas no Instagram, destacam-se também as palavras de Nuno Markl.
"Nunca nos vimos ao vivo, talvez porque desde 1928 que não tenho vida noturna. Tínhamos gente em comum e foi o caro Alex que me falou do Luís e da sua demanda por um doador que o salvasse. Acabámos por falar aqui pelas DM do Instagram. Eu com os pezinhos de lã de quem não sabe bem como falar com alguém que atravessa um drama impensável; ele, com a descontração, alegria e sentido de humor de quem decidiu olhar para a tragédia como um obstáculo superável. E superou-o, muitas vezes", começou por escrever.
"Dizer que a doença o venceu é mais que uma imprecisão - é uma injustiça, tantas vezes foram as que o homem chamado Magazino humilhou a maleita e a morte, trocando-lhes as voltas, confundindo-as e, nessa viagem, inspirando toda a gente - até os tipos de meia-idade que não sabem dançar e que desde 1928 que não têm vida noturna", realçou de seguida.
"Gostei de te conhecer, caro Luís. Obrigado, em meu nome e, creio, em nome de todos os que acompanharam a tua aventura e que sabiam que, sendo praticamente inevitável um final triste, foi também um final gloriosamente feliz", terminou.
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Também a cantora Romana fez questão de deixar uma mensagem na mesma rede social: "Continua a tocar de onde estás meu anjo da música. Gratidão por te ter conhecido e por teres deixado em mim gravadas tão grandiosas mensagens de um ser tão elevado".
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Por sua vez, Nilton partilhou algumas palavras no Instagram onde fala de Magazino e recorda a última conversa que teve com o DJ.
"Trocámos mensagens pela última vez no sábado. Há mais de um ano que os médicos disseram ao Magazino que este seria o desfecho para a sua luta, mas em momento algum perdeu a esperança e a força, nem mesmo quando esteve um mês em coma nos seus quatro meses de internamento em Santa Maria, ou quando os médicos lhe faziam as maldades necessárias", disse.
"Recordo o dia em que um amigo comum, que partilhava quarto com ele no IPO (que também era um indivíduo brutal que não merecia o mesmo desfecho), me ligou já bastante tarde a pedir para falarmos um bocado porque estavam a fazer um exame tão complicado ao Magazino que ele só gritava e o meu amigo queria distrair-se com alguém. Daí a meia hora já estávamos os três a dizer piadas, a recordar os nossos tempos na Praia da Rocha onde o conheci há mais de 20 anos, e ninguém diria que o Magazino tinha acabado de passar por aquilo uns minutos antes, porque em nenhum momento perdeu a alegria ou deixou de acreditar", lembrou.
"Parece uma frase feita dizer que as boas pessoas não deveriam deixar este mundo, e não deixam se pegarmos nos seus exemplos como legado, porque mais do que um exemplo de força, o Luís é um exemplo de como estar na vida, de empatia, de como ser uma boa pessoa ao colocar sempre a sua amabilidade à frente da sua dor. A doença pode tê-lo levado, mas nunca o vergou", completou.
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