Carlos Vaz Marques leva TSF a tribunal e denuncia "bullying profissional"
"Perante isto e mais um punhado de circunstâncias que constarão do processo que seguirá os trâmites legais adequados, decidi ser tempo de não aceitar mais ofensas à minha honra e dignidade profissional", disse o jornalista.
© Facebook - Carlos Vaz Marques
Fama TSF
Carlos Vaz Marques usou a sua conta de Instagram para falar abertamente sobre a sua saída da TSF, onde trabalhou durante mais de três décadas. Num longo texto, o jornalista começa por agradecer as oportunidades que a estação de rádio lhe proporcionou ao longo da sua carreira, bem como as pessoas que através dela conheceu. No entanto, conforme nota, esta foi uma "longa relação feliz com um desfecho lamentável".
"Foram quase 32 anos. Uma história que termina mal, mas que de modo nenhum me fará esquecer o que teve de bom. Os desenvolvimentos recentes são um epifenómeno face ao muito que devo à TSF", afirma inicialmente.
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Posteriormente, na parte do texto que designa como "indignação", descreve:
"Nunca pensei, ao fim de mais três décadas de dedicação, vir a ser colocado pelo Global Media Group, actual detentor da marca TSF, na situação atentatória da minha dignidade profissional a que estive sujeito nos últimos meses. Uma situação que não posso continuar a aceitar; por respeito pelo legado histórico da TSF, em memória do esforço daqueles com quem ajudei a construir uma marca de referência e, acima de tudo, pela minha dignidade pessoal e profissional.
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Vi-me durante meses sob uma situação que só posso descrever como uma forma de bullying profissional. Foi a própria TSF a acabar unilateralmente com o programa ‘O Livro do Dia’ e o novo diretor achou que depois de mais de uma década sem qualquer aumento salarial estava na altura de me fazer aceitar um corte no vencimento para menos de metade. Uma proposta inaceitável a que contrapus o regresso de ‘O Livro do Dia’ ou uma rescisão amigável, nos termos em que no ano passado outros jornalistas deixaram a empresa. A actual direção da TSF recusou ambas as sugestões: para ‘O Livro do Dia’ não há espaço na antena da TSF, respondeu-me o diretor; quanto à rescisão negociada também já não está em cima da mesa. Teria mesmo de ficar na empresa com o salário amputado. Ou isso ou voltar aos turnos de noticiários.
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Pacientemente, durante meio ano, tentei sensibilizar a direção de recursos humanos da empresa para o atropelo de que estava a ser vítima. Tudo em vão.
Fui colocado numa equipa de turno e ao longo dos últimos meses a minha atividade profissional limitou-se (nos dias em que houve alguma coisa para fazer, pois na maior parte deles em nada pude contribuir para a antena da TSF, embora sujeito a cumprir horário), a uns telefonemas de circunstância e à recolha de curtas declarações telefónicas gravadas a respeito de temas correntes, frequentemente sem qualquer relevância noticiosa.
Perante isto e mais um punhado de circunstâncias que constarão do processo que seguirá os trâmites legais adequados, decidi ser tempo de não aceitar mais ofensas à minha honra e dignidade profissional. A minha relação com o Global Media Group, actual detentor da marca TSF, lamentavelmente terá de ser resolvida em tribunal.
“Mas isto é um canto e não um lamento /Já disse o que sinto e agora façamos o ponto / E mudemos de assunto, sim?”.
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