Encerrando uma disputa legal prolongada pela pandemia de Covid-19, um juiz de Nova Iorque, Kenneth Case, aprovou na terça-feira a extradição de Weinstein para a Califórnia, negando o pedido do seu advogado para que fosse mantido numa prisão estadual perto de Buffalo, onde cumpre uma pena de 23 anos por violação.
Os advogados de Weinstein deverão recorrer da decisão, segundo a agência AP.
As autoridades californianas planeiam assumir a custódia de Weinstein no final de junho ou início de julho.
Weinstein enfrenta 11 acusações de crimes sexuais na Califórnia envolvendo cinco mulheres, decorrentes de supostas agressões em Los Angeles e Beverly Hills, de 2004 a 2013.
Os promotores de Los Angeles acusaram Weinstein pela primeira vez em janeiro de 2020, quando o seu processo em Nova Iorque estava a começar.
Em abril, mais de um ano depois da condenação de Harvey Weinstein por violação, os advogados do antigo produtor cinematográfico exigiram um novo julgamento, alegando que o anterior foi condicionado pelo movimento #MeToo.
A equipa de advogados do antigo produtor norte-americano disse que o juiz James Burke, que condenou o magnata de Hollywood a 23 anos de prisão, impediu que este fosse julgado de forma justa.
Weinstein, de 69 anos, foi condenado em fevereiro de 2020 de violar uma produtora televisiva e cinematográfica, em 2006, e uma atriz, em 2013.
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