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Dolores Aveiro faz relato impactante sobre AVC: "Gritei, chorei muito"

A mãe de Cristiano Ronaldo descreveu aquele que foi um dos momentos mais difíceis da sua vida.

Dolores Aveiro faz relato impactante sobre AVC: "Gritei, chorei muito"
Notícias ao Minuto

16:51 - 03/03/21 por Notícias ao Minuto

Fama Dolores Aveiro

Dolores Aveiro fez um relato impressionante - e nunca antes conhecido - dos dias difíceis e angustiantes por que passou no ano passado, depois de ter sofrido um AVC.

"Faz hoje um ano que vi a minha vida quase a fugir-me entre os dedos e afortunadamente eu consegui agarrar-me a uma luz", começa por introduzir num texto detalhado.

A mãe de Cristiano Ronaldo afirmou que não falou do assunto pois "nunca foi de se vitimar", no entanto, decidiu agora partilhar esta história, que afirma ser de superação, de forma a inspirar outros que também estejam a passar por momentos difíceis.

"Eu fiquei na cama de um hospital ligada a dezenas de fios e entubada, as horas seguintes ao AVC foram de tortura para os meus, eles não sabiam como eu iria acordar, eles não sabiam como seriam os danos, eles estavam com medo de me perder para uma cama de hospital", recorda.

"Acordei algumas horas depois, sem saber o que me aconteceu muito bem. Olhei em frente e vi meus filhos em volta da minha cama. Eu, rodeada de máquinas e sem conseguir me mexer. Só me lembro de ver as lágrimas do meu neto (aqueles olhinhos vivos me olhavam com tanto amor) e aí eu gritei, gritei de confusão na minha cabeça, gritei, chorei muito (foi forte a emoção naquele momento, não teve ninguém naquele lugar que não se emocionou). Naquele momento eu pensei que estava quase no fim", relata.

"Aí eu pensei que era uma despedida, uma amarga despedida, fiquei confusa, perdida, mas percebi que afinal tinha acabado de sobreviver a algo muito forte e por eles teria que ser forte e voltar a ser quem eu era", continua.

Dolores nota que Cristianinho, filho mais velho de Cristiano Ronaldo, foi uma das pessoas que mais lhe deu força.

"Consegui voltar a subir e descer escadas, consegui fazer a minha higiene sozinha, consegui voltar a conduzir, consegui voltar a falar sem embrulhar a língua, consegui movimentar o meu lado esquerdo que tinha ficado parado, consegui passadas três semanas de luta ir para a minha casa e ver todos os meus filhos e netos de braços abertos à minha espera (eu renasci naquele dia), consegui fazer tudo o que a (mãe) faz pelos filhos e voltei a ser eu... aquela que eles tanto queriam", descreve.

"Não foi de um dia para o outro, ainda estou na recuperação, mas graças a Deus tudo está no bom caminho", completa, agradecendo todo o apoio, quer dos médicos, quer dos fãs, que recebeu nessa época.

Leia o texto completo:

"Faz hoje um ano que vi a minha vida quase a fugir-me entre os dedos e afortunadamente eu consegui agarrar-me a uma luz, luz essa que me puxava para cima, uma luz que teimosamente insistia que aquele era só mais um obstáculo a ser ultrapassado e mais uma história de superação para contar da minha vida.

Nunca falei abertamente sobre o que aconteceu na verdade, só porque recuperei a quase 100% as pessoas acham que nada aconteceu ou que foi pequeno o susto que eu dei aos meus filhos e a quem me ama de verdade.

Nunca fui de me vitimar, falo nas minhas histórias de superação com orgulho e não para que sintam pena de mim, sei que tem milhões de histórias iguais ou piores que a minhas, mas cada um sabe da sua dor, não é verdade?

Eu fiquei na cama de um hospital ligada a dezenas de fios e entubada, as horas seguintes ao AVC foram de tortura para os meus, eles não sabiam como eu iria acordar, eles não sabiam como seriam os danos, eles estavam com medo de me perder para uma cama de hospital.

Inválida, sem os reconhecer e com muitas limitações (típico do que me aconteceu) nunca foi contado em público a gravidade da minha situação naquele momento.

Os meus filhos viram preocupação na cara da equipa médica, eles ficaram sem chão muitas horas e dias, o que passou para fora foi só a superação foi assim que eu os criei, de se agarrarem aos poucos que a vida lhes estava a dar, e falar nisso como uma coisa positiva, e eles se agarraram ao meu respirar e à minha pulsação e ficaram na fé que eu ia acordar sem sequelas no cérebro e no corpo.

Acordei algumas horas depois, sem saber o que me aconteceu muito bem. Olhei em frente e vi meus filhos em volta da minha cama, eu rodeada de máquinas e sem conseguir me mexer. Só me lembro de ver as lágrimas do meu neto (aqueles olhinhos vivos me olhavam com tanto amor) e aí eu gritei, gritei de confusão na minha cabeça, gritei, chorei muito (foi forte a emoção naquele momento, não teve ninguém naquele lugar que não se emocionou) naquele momento eu pensei que estava quase no fim, horas antes eu tinha ido para a minha cama, dois dos meus filhos moram fora da minha terra, dois deles perto de mim e quando abri os olhos eles os 4 estavam diante de mim, aos meus pés.

Aí eu pensei que era uma despedida, uma amarga despedida, fiquei confusa, perdida, mas percebi que afinal tinha acabado de sobreviver a algo muito forte e por eles teria que ser forte e voltar a ser quem eu era. Tudo o que me importava naquele momento era ser forte, era superar a luta que a partir daquele momento eu teria que enfrentar.

Foi por eles que eu me reergui, foi pelos meus netos que me fortaleci foi por aquele neto (Cristianinho) que pediu ao pai dele para me ver no hospital mesmo no estado em que eu estava, ele sabia que o abraço dele era uma das coisas que eu mais precisava para sair dali vencedora, e fui, iniciei um caminho de luta, lágrimas dúvidas, dias e dias lentos.

No meio disto tudo chegou a pandemia, o estado de emergência, a limitação de visitas (que era uma das minhas forças). Já não os podia ver todos os dias, eram regras e eu tinha que aceitar e ser forte por eles e por mim. Consegui voltar a subir e descer escadas, consegui fazer a minha higiene sozinha, consegui voltar a conduzir, consegui voltar a falar sem embrulhar a língua, consegui movimentar o meu lado esquerdo que tinha ficado parado, consegui passadas três semanas de luta ir para a minha casa e ver todos os meus filhos e netos de braços abertos à minha espera (eu renasci naquele dia), consegui fazer tudo o que a (mãe) faz pelos filhos e voltei a ser eu... aquela que eles tanto queriam.

Não foi de um dia para o outro, ainda estou na recuperação, mas graças a Deus tudo está no bom caminho.
Foi duro, ainda é, tem dias que vem à cabeça aquele dia 3 de março, tem dias que eu penso no quão pequenos somos diante dos desígnios de Deus, mas Deus sabe de tudo e sabe das nossas forças e por isso estou aqui para voltar e agradecer a quem confiou em mim em quem me deu forças e me permitiu lutar por mim e por eles.

Só tenho a agradecer a uma equipa médica fantástica a amigos do coração, a seguidores que sempre procuraram saber de mim e que oraram por mim, aos meus netos e filhos e ao meu companheiro e amigos pois eles são o motivos de estar aqui. E a Deus a oportunidade de poder viver mais uns tempos bons do lado dos meus e contar esta história que me orgulha .
Obrigada a todos de coração.
Parabéns a mim e a todos os que se identificam com a minha história.
Espero ser uma inspiração e fazer com que esta minha mensagem sirva para vos dizer que só o amor e a fé podem salvar o mundo".

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