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"Chateia-me muito não poder abraçar e dar beijos aos meus pais"

Pêpê Rapazote conversou com a imprensa sobre os seus novos desafios profissionais em tempos de pandemia de Covid-19.

"Chateia-me muito não poder abraçar e dar beijos aos meus pais"

Pêpê Rapazote tem na nova novela da TVI, 'Bem Me Quer', um papel de grande destaque. O ator dá vida a Henrique Trindade de Sousa, o pai da protagonista Maria Rita (Kelly Bailey). Foi sobre esteve novo desafio profissional em tempos de Covid-19 que o ator conversou esta sexta-feira com a imprensa. 

Mesmo fazendo parte do grupo de risco, a Covid-19 não lhe mete medo

Pêpê Rapazote, de 50 anos, faz parte do grupo de risco da Covid-19 por sofrer de asma desde criança. Ainda assim, e apesar dos casos positivos que recentemente se confirmaram entre o elenco da novela 'Bem Me Quer', o ator diz estar tranquilo e sem medo de contrair a doença. 

"Não tenho medo nenhum", assegura, dando conta de que as medidas de segurança estão cada vez mais apertadas nos estúdios da Plural.

"Estamos a ter os cuidados possíveis. Se acontecer, aconteceu, esperemos depois que os sintomas sejam leves ou nenhuns", continua. "Pode ser inconsciência, mas não me assusta rigorosamente nada. Sei que é lixado se me atacar os pulmões, tive uma pneumonia dupla quando era miúdo, sou asmático, mas isto pode acontecer como pode não acontecer. Não me assusta", afirma. 

Para Pêpê o mais importante é ter "consciência tranquila" de que tomou todos cuidados "para não transmitir e para que não lhe fosse transmitido" o vírus e, claro, cumprir todas as normas de segurança.

"Tenho tido todos os cuidados, desinfecto as mãos, dispo-me quando chego a casa", afiança. "Aqui no estúdio tem havido todos os cuidados, agora ainda mais do que ao início. Já não se tira a máscara em situação alguma a não ser para maquilhar e para gravar e isso é fantástico. Mais do que isto não podemos fazer, se não, é viver em medo e há coisas muito piores", diz. 

A Covid-19 obrigou a uma 'pausa' na carreira internacional

Pêpê Rapazote estava no México, onde é gravada a série 'Narcos', da qual fez parte, quando a pandemia ganhou maior dimensão. E foi precisamente nesse momento, e devido aos riscos da doença, que decidiu regressar a Portugal e aceitar o convite da TVI

"Quando tudo parou e eu vim para Portugal e decidi aceitar este convite da TVI por todos os motivos, porque gosto de fazer novela, estava aí a Covid e não queria andar em países com números elevados, estava junto da família, sabíamos já da hipótese de uma segunda vaga no inverno, portanto, tudo se conjugou", explica. 

Para já, Pêpê vai ficar por Portugal até ao início de 2021 e "depois logo se vê". "Tenho andado a recusar uma série de coisas do outro lado por impossibilidades e, às vezes, penso: Ah, era tão giro. Mas o que é giro também pode ser eu chegar lá e passado uma semana dizerem-me: 'Pêpê, desculpa, volta para trás'. E ninguém me paga a despesa, nem o tempo que estive a trabalhar naquilo e volto para casa. Há muito risco em estar aqui à espera de convites para fazer coisas lá fora".

Na sua opinião, voltar a Portugal e aceitar o convite da TVI foi "uma decisão consciente" e tendo em vista também a família, a mulher Mafalda Vilhena, e das duas filhas de ambos, Júlia e Leonor. 

Chateia-me muito a falta de toque físico o não poder abraçar e dar beijos aos meus pais 

Quanto à sua opinião pessoal sobre o vírus, o ator diz ter certezas de que, mesmo que a Covid-19 seja vencida, haverá novos vírus a surgir e é preciso estarmos preparados para tal: "Para já, acho que vamos conseguir dominar esta Covid-19. Depois, daqui a cinco anos, se calhar, vem outro. Virá outro, e vão aparecer mais, e aquilo que nós pensávamos que eram filmes de ficção científica está a acontecer". 

O que mais lhe aperta o coração é mesmo é o que a pandemia impede: "Chateia-me muito a falta de toque físico, o não poder abraçar e dar beijos aos meus pais de qualquer maneira", lamenta, referindo ainda assim que já esteve "muitas vezes" com os pais nos últimos tempos. 

Em relação às filhas, foi o período de confinamento o que mais o preocupou. Pêpê não concorda com a telescola e critica o facto de ter visto as filhas passarem sete horas por dia diante de um computador.

Se a mais velha, Júlia, de 15 anos, se sentia ansiosa, a filha mais nova do ator, Leonor, de 10 anos, chegou até a chorar e a recusar-se a assistir às aulas. "É uma falta de noção total dos adultos que estão à frente disto", refere. 

"Não tenho medo nenhum de estarem na escola, tenho é medo que voltem para casa. Tenho medo porque não quero que voltem ao ensino à distância", diz, deixando clara a sua opinião sobre o tema. 

Será Pêpê Rapazote um vilão em 'Bem Me Quer'?

Henrique Trindade de Sousa, personagem interpretada por Pêpê, surge na cadeia nos primeiros episódios de 'Bem Me Quer', o que nos leva a perguntar: Será que falamos de um vilão? Na opinião do ator, Henrique não é uma má pessoa mas, quando tem um objetivo, não olha a meios para conseguir o que quer. 

"Ora faz coisas boas, ora faz coisas menos boas", tenta explicar. "Os objetivos dele têm sempre alguma nobreza, os meios é que... fazem com que não seja um homem assim tão certinho".

Henrique Trindade de Sousa, recorde-se, será o pai da protagonista Maria Rita, interpretada por Kelly Bailey, e de Vera, personagem de Bárbara Branco, o que faz com que acompanhe de perto o núcleo jovem desta trama. Uma proximidade que o leva a fazer grandes elogios ao talento dos protagonistas. 

"Temos excelentes atores desta nova camada. Tenho uma preferência muito grande por uma Bárbara Branco, por exemplo. Gosto muito deste triângulo principal, do José Condessa, da Kelly Bailey e da Bárbara", refere, assegurando que não é necessária a presença de atores com mais experiência e com mais anos de carreira para que o produto final seja melhor. Na sua opinião, os atores mais velhos são necessários, sim, para dar mais credibilidade à história, uma vez que também nas histórias do mundo real existem pessoa de diversas idades. 

Propositadamente, o canal quis uma novela mais direta

Na opinião de Kelly Bailey, 'Bem Me Quer' é uma novela mais simples e mais dedicada ao amor - contrariando a tendência das últimas produções da TVI. Uma opinião com a qual Pêpê Rapazote concorda. "É uma novela que é mais novela. Mais clássica, com personagens mais lineares e com menos segredos dentro das personagens", conta, garantindo, ainda assim, que a trama "apresenta muitos segredos e muitos mistérios".

"Propositadamente, o canal quis uma novela mais direta, de mais fácil entendimento e, portanto, é mais fácil de chegar a todo o tipo de público e é mais fácil de agarrar também. É uma linguagem mais simples", concretiza, por fim, prometendo aos espectadores uma trama "interessante e com reviravoltas estonteantes". 

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