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António Raminhos: "Estava assustado, desorientado. Naquele momento morri"

O comediante descreveu aquele que diz ter sido um dos piores momentos por que passou.

António Raminhos: "Estava assustado, desorientado. Naquele momento morri"

António Raminhos usou a sua conta de Instagram para relatar um dos piores momentos por que passou na semana passada e que acabou por marcá-lo. "Sexta foi provavelmente um dos dias mais tristes da minha vida em relação a ansiedade e ao transtorno obsessivo compulsivo. Fiquei frente a frente a um dos meus maiores medos", notou, sem no entanto dar grandes pormenores relativamente ao assunto. 

"Estava assustado, desorientado. Naquele momento morri. Estava condenado à morte e sem futuro. Sem saber o que fazer. E ainda estou, muito. Já levo muitos anos nisto e muito trabalho, mas às vezes é como remar com calma e perseverança, e, de repente, vem um tsunami. E isso magoa. Sinto-me triste, revoltado, abandonado, incompreendido e vazio", desabafa.

Contudo, não ficando de braços cruzados, o humorista decidiu recorrer a um profissional. "Foi pedir ajuda ao meu terapeuta e ao meu psiquiatra porque claramente preciso de um apoio. Um apoio para eu poder trabalhar-me melhor! Não para me fazer esquecer ou manter-me funcional apenas. Apoio para eu descobrir-me com mais calma". 

Posteriormente, aconselha toda a gente que esteja a passar pelo mesmo que também peça ajuda: "Escrevi este post para que não se fechem nos vossos medos. Para que compreendam que há dores que só nós conhecemos, mas que podem ser partilhadas por muitos nas suas mais variadas formas e feitios. (...)  Quando vocês procuram essa ajuda, entendem uma coisa: Todos somos estranhos até perceber que isso é normal", completou. 

Eis a publicação completa.

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Sexta foi provavelmente um dos dias mais tristes da minha vida em relação a ansiedade e ao transtorno obsessivo compulsivo. Fiquei frente a frente a um dos meus maiores medos, dos meus maiores “e ses”. Que me acompanha há mais tempo. Não interessa o que foi, porque qualquer que seja a “fonte”, o resultado é o mesmo. A minha mulher, que me viu, diz que não parecia eu. Estava assustado, desorientado. Naquele momento morri. Estava condenado à morte e sem futuro. Sem saber o que fazer. E ainda estou, muito. Já levo muitos anos nisto e muito trabalho, mas às vezes é como remar com calma e perseverança, e, de repente, vem um tsunami. E isso magoa. Sinto-me triste, revoltado, abandonado, incompreendido e vazio. Os amigos podem dizer que não há problema que a questão até pode ser real, mas está a ser exagerada e o que penso é “o que sabes tu do que vai na minha cabeça?" Depois surgem as cobranças: “Eu que gosto de ajudar os outros (porque gosto não estou à espera de recompensa), que luto para conseguir os meus projectos, que tive uma infância que não ajudou muito, e que por isso procuro dedicar tempo à família, que medita, que quer conhecer-se melhor e depois leva com estas balas?! Onde está a recompensa? Onde está o trabalho feito? Onde está o colo do Universo? E baixei os braços e fiquei triste e revoltado comigo, com Deus, com a minha história que me trouxe aqui. Ainda estou. E não me importo. Que mesmo em baixo, a minha primeira preocupação foi não sofrer em silêncio. Foi pedir ajuda ao meu terapeuta, e ao meu psiquiatra porque claramente preciso de um apoio. Um apoio para eu poder trabalhar-me melhor! Não para me fazer esquecer ou manter-me funcional apenas. Apoio para eu descobrir-me com mais calma. E porque sei que a maravilha da vida é esta: Cada dia é uma hipótese de respirar fundo… E por isso, por muito que me apetecesse estar fechado e isolado ou internado para que tomassem conta de mim… resolvi ir passear no fim-de-semana. Prestem atenção.Escrevo este post, não para me darem palmadinhas nas costas ou dizer “força” ou “com essa família podias ter tudo bem, não penses nisso!”, até porque as coisas não funcionam assim. Nem são assim. (Continua nos comentários)

Uma publicação partilhada por António Raminhos (@raminhoseffect) a 6 de Set, 2020 às 2:22 PDT

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