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"Qualquer um pode ser famoso. Nem todos conseguem ser uma celebridade"

'Como se tornar uma celebridade - Filosofando a Imprensa', esta é a mais recente obra de Fabiano de Abreu, onde revela todos os seus segredos.

Escrito a partir de entrevistas feitas pelo jornalista Hebert Neri, que assina a obra em coautoriaFabiano de Abreu lançou um livro que expõe os seus segredos sobre como lançar uma celebridade. 'Como se tornar uma celebridade - Filosofando a Imprensa', é o nome da mais recente obra do autor brasileiro, com sangue português, redigido numa vila no Norte do país, Castelo de Paiva, em Aveiro. 

O livro encontra-se disponível em formato eBook, pois mais do que pensar nesta nova era digital, também assume preocupações com a mãe natureza. 

Em conversa com o Fama ao Minuto, Fabiano - que já trabalhou com várias celebridades, das mais diversas áreas, entre as quais Nilton Bala, Eric Santos ou Dejan Petkovic -falou abertamente sobre o tema que compõe a sua obra: o universo dos que querem ser 'conhecidos'.

Quais os principais truques para se ser uma celebridade? Esses truques aplicam-se a todas as pessoas?

Hoje em dia, na era das redes sociais, ser conhecido é crucial não só para ter benefício financeiro mas também para alcançar aceitação social. Qualquer negócio precisa de compradores, qualquer profissional tem de se evidenciar e notabilizar para ter credibilidade. Só desta forma os seus serviços serão utilizados e o seu posto profissional é mantido. Quem é notado diferencia-se dos demais. Esta evidência é o primeiro degrau na escada para a fama. Ser famoso não significa necessariamente ser famoso para um país mas pode ser um famoso para o seu público definido.

As redes sociais dividiram bem os grupos e as empresas de marketing trabalham o profissional de acordo com o seu público, ou seja, ele será famoso para o próprio público. Celebridade é quem é famoso para uma grande massa, conhecido por milhões de pessoas e mesmo quem não conhece, já ouviu falar.

O truque para ser uma celebridade começa na vontade, no querer ser uma e em seguida, buscar os meios certos para que se comece a popularizar. Ter aceitação pública para que possa ser um famoso e logo depois uma celebridade. Todos têm um dom ou um talento. O dom nascemos com ele e o talento aprimoramos. O meu papel, por exemplo, é descobrir esses dons ou talentos e utilizá-los a favor da pessoa para que possa ser famosa. Lembrando que fama é igual a admiração, então o trabalho tem de ser dentro de uma propriedade intelectual sempre com a preocupação com a aceitação da personagem.

Todos podem ser uma celebridade? Ou seja, basta querer ser uma celebridade ou também é preciso ter um certo perfil?

Qualquer um pode ser famoso e nem todos podem ou conseguem ser uma celebridade. Celebridade deriva de um enorme dom e de grande talento para que ganhe uma potencial admiração. Não podemos ser bons em nada que não queremos ser pois a emoção interfere na dedicação. A pessoa pode querer ser uma celebridade mas não cumprir o necessário para ser uma. Outras têm dificuldades em atingir o cognitivo de admiração da sociedade e atingir este nível de potência.

Um agente é necessário para que isso aconteça pois ou nos dedicamos aos nossos talentos ou nos preocupamos em aprender a auto divulgar, e auto divulgação não funciona bem. Um psicólogo, por exemplo, não se pode tratar a si mesmo, assim como promover-se a si próprio interfere na maneira com que enxergamos o que as pessoas deveriam enxergar de nós mesmos.

Optou por publicar o livro apenas no digital por razões de sustentabilidade... Mas sendo que vivemos também numa era digital, acaba por fazer mais sentido esta escolha? Acha que o mundo digital é vital para a existência das celebridade?

Algo aconteceu esta semana. Vendi 30 livros no Google e destes, a maioria foi devolvido, ou seja, compraram e cancelaram a compra após roubarem o conteúdo. O digital tem essas vulnerabilidades. Só os meus Instagram e Facebook foram invadidos duas vezes e tentaram fazê-lo inúmeras vezes. Perdi até o selo de verificação do Instagram devido à invasão. Como trabalhamos com redes sociais de diversos clientes, sabemos como a Internet é vulnerável e frágil ainda. Mas, se vendermos livros de papel, a pessoa também poderá emprestar o livro e é igual.

Pode derrubar uma árvore para fazer folhas e plantar outras 20. Mas 20 árvores demoram anos para crescerem e depois serem derrubadas. Mas, em contrapartida, há o charme do livro na estante e a bela cultura literária por trás dos livros. Então, vivi esta dualidade que foi definida quando vi o preço que sairia imprimir milhares de livros. Na era da proteção ambiental, um tema que está na moda, a ideia de sustentabilidade também faria com que o meu livro fosse mais visto principalmente no tagueamento das buscas do Google ao falar de sustentabilidade. Não há falsidade nisto, há uma perceção entre o que é certo e o que dá certo através de uma publicidade inteligente. Sou uma pessoa a favor da natureza e tenho uma quinta onde preservo árvores e plantações. E tenho ainda uma casa em que planto árvores e tenho uma horta. Sou extremamente apaixonado pela natureza e escolhi Castelo de Paiva devido aos montes verdes, o rio e esta aproximação com a natureza. 

Sobre o mundo virtual, não pode haver impressão sem ser publicado online. A impressão perde-se na gaveta e o impresso é eternizado online onde todos estão conectados. Também tem a questão do Google onde todos fazem buscas e uma pessoa não poderia ser famosa hoje em dia sem estar no Google. Inclusive as melhores estratégias para estar no Google além de uma boa e bem trabalhada rede social é estar em sites de notícia importantes e de grande relevância.

Com a chegada do YouTube, especialmente das redes sociais, acaba por ser mais fácil chegar às pessoas e isso levou a que hoje em dia seja maior o número de figuras públicas/influencers. Mas ao haver tanta oferta, é mais difícil manter-se neste meio? Acha que se as celebridades não estiverem sempre a reinventar-se e ativas no mundo digital acabam por ser esquecidas?

Os famosos de YouTube são diferentes dos famosos da imprensa. Há um ou outro que consegue alcançar os dois. O YouTube é para um público mais jovem e infantil e bem direcionado a um público determinado. O IGTV do Instagram e o Stories do Facebook é mais para o público adulto.

As redes sociais fizeram com que as pessoas fossem mais vistas mas isso não quer dizer que seja notada. Você pode ser visto por mil pessoas mas apenas uma ou outra te notar de verdade.

O que determina se a pessoa é famosa é a imprensa. Se está na imprensa, é porque tem potencial, é relevante. A imprensa não publica nada sem buscar provas ou que não tenha relevância. Até porque se publicar um fake news pode receber um processo e ainda perder a credibilidade e é disso que a imprensa vive. De audiência e credibilidade.

As redes sociais é terra de cego em tiroteio. Qualquer um publica o que quer e não há filtros, então não há credibilidade. Vincular à imprensa a mídia social é um trabalho perfeito para a multiplicação. Com tanta oferta e tanta gente a fazer a mesma coisa. A imprensa entra novamente para separar o joio do trigo e determinar quem realmente é relevante.

Eu digo sempre que o que determina a sua fama é o tempo que permanece na imprensa. Tem sempre que se reinventar para permanecer na imprensa e jamais ser esquecido.

De todas as celebridades com quem já trabalhou, qual foi a pessoa mais difícil de conseguir atingir os objetivos?

São as que acreditam que o certo é o que determinou para si. Ou os que acreditam que tem que ser daquele jeito sendo que não tem talento para aquilo. Há os 'cabeça dura' que é quando tenho que usar a minha psicanálise para conseguir convencê-lo do melhor caminho. Eu sempre digo, se contratou, então deixa que façamos o nosso trabalho pois o resultado é o que determina o quão eficiente foi o trabalho.

Como até já referiu há pouco, escreveu grande parte do livro numa vila portuguesa, Castelo de Paiva, onde mora atualmente. Porque é que escolheu este local para se refugiar do resto do mundo e trabalhar na obra? A zona acabou por ser uma inspiração?

Eu tenho sangue madeirense e cheguei a pensar em morar na ilha da Madeira. Mas no continente é mais fácil para viajar por toda a Europa até porque tenho amigos em muitos países.

Escolhi Castelo de Paiva pois tenho um amigo paivense que era meu vizinho no Rio de Janeiro. Acabei por conhecer a zona e apaixonar-me por esta natureza, rio e montes. Ah se Portugal soubesse como essa vila é um paraíso como aqueles que criamos de como seria após morrer.

Aqui tenho a minha paz e tenho uma liberdade que não tinha no Rio de Janeiro. Sempre pensei em vir a Portugal já que sou um português convicto e de cultura bem portuguesa. Nasci e cresci na colónia e lá somos mais nacionalistas e vivemos mais a cultura de Portugal do que aqui. É normal que os que imigraram tenham mantido este amor devido à distância e sempre nos reunimos para trazer as lembranças desta terra.

Quase que vim para Portugal quando me alistei no exército, mas a minha mãe não queria que eu viesse devido aos problemas com as ex-colónias que mandavam o exército português. Ela sabia que eu era meio maluquinho e iria querer ir a essas ações (risos).

O Rio de Janeiro tem muita gente, está violento, e tivemos mais de uma década de queda cultural onde o crime aumentou e a cultura do crime virou plausível demais tornando-se um método de vida. Roubaram o carro ao meu pai, foi vítima de sequestro e outras coisas que não há dinheiro que compense a qualidade. Quando me perguntam aqui sobre o Brasil eu tenho uma frase pronta: É uma das melhores terras para ficar rico e ainda é. Mas não tem qualidade de vida como aqui.

Claro que há regiões que não são como o Rio. O sul do Brasil por exemplo, que é quase todo europeu, tem uma qualidade de vida melhor. Principalmente nas zonas alemãs que são muito desenvolvidas e com pouca violência. Mas eu tinha de vir, aqui é a terra do meu sangue e aqui pretendo viver a minha vida em paz e com a natureza para escrever a minha filosofia e ajudar os meus clientes.

Sendo filho de portugueses, sempre teve um carinho especial pelo nosso país...

Acho que sou mais português que muitos portugueses nascidos em Portugal. Inclusive estou a finalizar as provas que me levam ao navegador António de Abreu que está na torre dos navegadores em Lisboa. Tenho algo que prova a ascendência com ele e poderá ser um livro para o futuro.

Amo esta terra e tenho um carinho enorme pela ilha da Madeira e familiares por lá. Temos que ter orgulho não só do nosso passado, mas também deste nosso presente. Somos um país de migrantes onde o sangue é o que nos torna portugueses.

Como foi a sua infância

Era uma criança diferente das demais. Fui constatado tarde com superdotação mas penso hoje que, se os meus pais tivesse visto isso antes, muita coisa poderia ter mudado. Mas sou feliz com a minha vida e penso que sempre tive muita sorte.

Não podemos reclamar da vida se temos uma boa vida. Mas o mais interessante é que na minha infância eu me escondia e não queria ser visto por ninguém. Tinha imensa vergonha, mas trabalhei isso ao longo da vida.

Sempre sonhou ser uma celebridade? Quem é o Fabiano Abreu? Como descreve o seu percurso até aqui?

Nunca quis ser uma celebridade e sinceramente nem penso nisso. O que eu quero é deixar legados. Ter com que eu possa me sentir útil e ter feitos que possam determinar que valeu a pena a minha vida, não só para mim, mas para toda a sociedade.

Fabiano de Abreu é um observador, que filosofa a vida, que adora escrever poemas e que viaja nos pensamentos. Fabiano é uma pessoa que quer viver a sua vida em paz e que quer ajudar a vida de muitas pessoas. Fabiano quer passar tudo o que aprendeu para quem sabe servir de motivação para que outros tenham uma vida também feliz como eu tenho a minha.

O meu percurso eu não senti. A minha ansiedade e determinação fez o meu percurso ser tão rápido que vejo-me agora com 38 anos e esqueci que já não tenho mais 20 anos, que foi quando abri a minha primeira loja de informática. Fabiano cria metas todos os dias e são muitas pois preciso ter o que chamo de 'motivos de vida' que são metas a serem conquistadas e a cada conquista um novo prazer.

O que espera alcançar nos próximos dez anos?

Adorei a última pergunta mas faltam dois anos nela. Daqui a 12 anos penso parar e dedicar-me à filosofia e à escrita. Até lá, penso lançar mais pessoas e, em paralelo, mais livros. Quero também crescer com a minha editora e lançar livros de mais pessoas.

Quero também retribuir a todas as pessoas que passaram na minha vida e foram importantes para que tudo isto se realizasse. Vivemos num comboio em que precisamos de saber viver e sermos úteis na vida de todos, pois todos são a nossa vida.

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