Bruno Nogueira reage à despenalização da eutanásia com texto emotivo

"É uma lei bonita em que ninguém sai a perder", afirmou o comediante.

Bruno Nogueira radiante com gravidez da namorada

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Rita Alves Correia
20/02/2020 22:58 ‧ 20/02/2020 por Rita Alves Correia

Fama

Bruno Nogueira

Esta quinta-feira, dia 20, foram aprovadas no Parlamento propostas de cinco partidos relativas à despenalização da eutanásia. Um marco histórico em Portugal e que Bruno Nogueira destacou nas suas redes sociais com um emotivo texto no qual revela a sua opinião sobre o tema.

O comediante frisou que a vitória do 'sim' "é um grito importante da liberdade individual de cada ser humano". "Os que são a favor hão-de poder finalmente tomar essa decisão que só diz respeito a quem a toma, e os que são contra podem tomar a decisão de optar por um fim diferente para a vida, se assim o entenderem".

"É uma lei bonita em que ninguém sai a perder e é isso que custa a entender nos adeptos fervorosos do não: a incapacidade de perceberem que o melhor para eles não serve toda a gente. Que a vitória do sim não os obriga a escolherem a eutanásia como solução final. Que a ideia de corpo decomposto e em dor física ou psicológica até um final divino é uma ideia que pode servir uns e revoltar outros. Que sofram os que querem esse caminho (não há julgamentos morais), e que partam com hora marcada os que querem dar por findo o capítulo. Cuidar da vida é também deixá-la quando ela nos trai. Negar a morte a alguém não pode ser assunto de quem vive com o corpo todo", referiu.

E rematou: "Hoje ganhou a liberdade de escolha, para o sim e para o não. Será que uma vida só termina quando o coração se demite das suas funções? Um dia também eu terei essa pergunta por perto. E felizmente, se tudo correr bem, poderei ser eu a escolher a minha resposta".

A lei que foi hoje aprovada na assembleia sobre a despenalização da eutanásia é um grito importante da liberdade individual de cada ser humano. Ainda falta muito caminho, mas a noite fez-se mais clara. Os que são a favor hão-de poder finalmente tomar essa decisão que só diz respeito a quem a toma, e os que são contra podem tomar a decisão de optar por um fim diferente para a vida, se assim o entenderem. É uma lei bonita em que ninguém sai a perder, e é isso que custa a entender nos adeptos fervorosos do não: a incapacidade de perceberem que o melhor para eles não serve toda a gente. Que a vitória do sim não os obriga a escolherem a eutanásia como solução final. Que a ideia de corpo decomposto e em dor física ou psicológica até um final divino é uma ideia que pode servir uns e revoltar outros. Que sofram os que querem esse caminho (não há julgamentos morais), e que partam com hora marcada os que querem dar por findo o capítulo. Cuidar da vida é também deixá-la quando ela nos trai. Negar a morte a alguém não pode ser assunto de quem vive com o corpo todo. Hoje ganhou a liberdade de escolha, para o sim e para o não. Será que uma vida só termina quando o coração se demite das suas funções? Um dia também eu terei essa pergunta por perto. E felizmente, se tudo correr bem, poderei ser eu a escolher a minha resposta.

Uma publicação partilhada por Bruno Nogueira (@corpodormente) a 20 de Fev, 2020 às 12:36 PST

 

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