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"Eu não queria mas não consegui controlar. Chorei com cada palavra"

Catarina Furtado partilhou a história emocionante de uma mulher que conheceu na Colômbia.

"Eu não queria mas não consegui controlar. Chorei com cada palavra"

No âmbito do programa da RTP 'Príncipes do Nada', Catarina Furtado tem tido a oportunidade de conhecer pessoas com histórias de vida impactantes que não a deixam indiferente. 

Na sua mais recente publicação do Instagram, a apresentadora partilhou a de Miriam, uma mulher que conheceu na Colômbia e cujo relato a deixou emocionada.

"Eu não queria mas não consegui controlar. Chorei com cada palavra da Miriam que me atingia o coração", referiu.

"Miriam é venezuelana, filha de pai colombiano que nunca quis saber dela. Com o padrasto sofreu violações sucessivas desde os 9 anos que lhe deixaram marcas invisíveis e muitas visíveis, que mostra para a câmara do Hugo. Fugiu depois de um casamento baseado em violência doméstica e trouxe as filhas para a Colômbia. Foi vítima do conflito armado que já dura há cerca de 60 anos neste país: Lembra-se do dia em que a filha Luisa, de 15 anos, foi aliciada por uma guerrilha e partiu, numa ignorância profunda, acreditando que poderia vir a ter uma vida melhor, e consequentemente, a sua mãe e irmãos", conta.

"As promessas de 'coisas boas' são muitas e assim se faziam (e ainda fazem) os recrutamentos. Miriam chorava e pensava que um dia a filha se iria arrepender e talvez a deixassem voltar. Uma vez recebeu uma mensagem para se dirigir a um local secreto onde se poderia encontrar com a filha. Foi a correr, numa saudade que não lhe cabia no peito", afirma.

"Quando chegou viu Luisa muito magra, olhos desmaiados, pálida e que avidamente lhe sussurrou o inferno que estava a viver 'obrigam-me a matar, a beber o sangue para perder o medo da morte e a dormir com os comandantes. Já tentei fugir mas apanham-me sempre'", descreve. 

Entretanto, questiona: "E assim fico, esmagada por uma história de vida real que ultrapassa a ficção e penso e se isto tivesse acontecido com a minha Maria Beatriz?".

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Eu não queria mas não consegui controlar. Chorei com cada palavra da Miriam que me atingia o coração. Sei que se não fosse mãe, teria a mesma empatia por esta dor imensa mas sendo, confesso que permanentemente penso nos meus filhos. Miriam é uma mulher de 49 anos, que só viveu violência e sofrimento desde que nasceu. Questiona-se todos os dias porquê. Não encontra respostas e agarra-se ao amor incondicional pelos seus 5 filhos, duas filhas já morreram. Só há pouco tempo perdeu a esperança de voltar a ver a sua Luisa, desaparecida há 17 anos . Miriam é venezuelana, filha de pai colombiano que nunca quis saber dela. Com o padrasto sofreu violações sucessivas desde os 9 anos que lhe deixaram marcas invisíveis e muitas visíveis, que mostra, para a câmara do Hugo. Fugiu depois de um casamento baseado em violência doméstica e trouxe as filhas para a Colômbia. Foi vítima do conflito armado que já dura há cerca de 60 anos neste país: Lembra-se do dia em que a filha Luisa de 15 anos foi aliciada por uma guerrilha e partiu, numa ignorância profunda, acreditando que poderia vir a ter uma vida melhor, e consequentemente, a sua mãe e irmãos. As promessas de “coisas boas” são muitas e assim se faziam (e ainda fazem) os recrutamentos. Miriam chorava e pensava que um dia a filha se iria arrepender e talvez a deixassem voltar. Uma vez recebeu uma mensagem para se dirigir a um local secreto onde se poderia encontrar com a filha. Foi a correr, numa saudade que não lhe cabia no peito. Quando chegou viu Luisa muito magra, olhos desmaiados, pálida e que avidamente lhe sussurrou o inferno que estava a viver “ obrigam-me a matar, a beber o sangue para perder o medo da morte e a dormir com os comandantes. Já tentei fugir mas apanham-me sempre”. Como fica uma mãe depois de ouvir isto e ter de regressar a casa? Durante anos alimentou a esperança de a ter de volta nos seus braços. Numa outra ocasião em que recebeu uma mensagem, foi ao local mencionado mas disseram-lhe que por 2 minutos a filha já tinha partido. A partir desse dia nunca mais soube nada da sua Luisa. O @cicv_oficial tem um departamento de apoio às vítimas do conflito armado na problemática das pessoas desaparecidas *cont. 

Uma publicação partilhada por Catarina Furtado (@catarinafurtadooficial) a 27 de Nov, 2019 às 1:31 PST

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