"Entrei em trabalho de parto prematuro. Das experiências mais horríveis"
Milla Jovovich falou abertamente sobre a fase difícil que viveu, confessando que esteve com uma grande depressão.
© Getty Images
Fama Milla Jovovich
Aos 43 anos, mãe de duas crianças - Ever, de 11 anos, e de Dashiel, de quatro -, Milla Jovovich decidiu abrir o seu coração para falar sobre o momento mais difícil da sua vida. A atriz sofreu um aborto, um momento "horrível" que ficará para sempre na sua memória.
Foi através de uma publicação feita na sua conta do Instagram onde Milla partilhou o seu testemunho. Começando por referir-se às leis sobre os abortos, a atriz afirmou que este é um “difícil” momento emocional para as mulheres.
Jovovich defende por completo a legalidade do aborto, uma vez que esta medida faz com que as mulheres não tenham que se sujeitar a fracas condições para o fazer.
“Eu mesma passei por um aborto de emergência há dois anos. Estava grávida de quatro meses e meio e a gravar na Europa Ocidental. Entrei em trabalho de parto prematuro e disseram-me que tinha que ficar acordada durante todo o procedimento. Foi das experiências mais horríveis que já passei. Ainda tenho pesadelos. Estava sozinha e indefesa. Quando penso que há mulheres que podem enfrentar abortos em condições ainda piores do que a minha por causa das leis, o meu estômago dá voltas", disse na rede social, onde revelou que passou por "uma das piores depressões da sua vida" e teve que "trabalhar muito para encontrar a saída".
"Fiz uma pausa na minha carreira. Isolei-me durante meses", acrescentou, referindo que tentou manter-se forte na presença dos filhos.
Um momento que mudou a sua vida. "Comecei a comer de forma mais saudável e a ir ao ginásio todos os dias porque não queria tomar antidepressivos. Graças a Deus consegui ultrapassar este inferno pessoal sem recorrer à medicação, mas as recordações daquilo que passei e do que perdi ficarão comigo até o dia da minha morte”, realçou, frisando que "o aborto é um grande pesadelo".
"Nenhuma mulher quer passar por isto", salientou, encorajando as mulheres a lutarem pelo seus direitos. "Nunca quis falar sobre esta experiência. Mas não posso manter-me em silêncio quando está tanta coisa em jogo", rematou.
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