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Paulo Matos fala abertamente sobre o divórcio: "Chorei tanto"

O ator esteve na manhã desta sexta-feira no 'O Programa da Cristina', onde partilhou os momentos difíceis que viveu após o seu casamento de 23 anos ter chegado ao fim .

Paulo Matos fala abertamente sobre o divórcio: "Chorei tanto"
Notícias ao Minuto

12:45 - 05/04/19 por Marina Gonçalves

Fama Ator

Foi em 2013 que Paulo Matos se divorciou da companheira, com quem esteve casado durante 23 anos e com quem tem três filhos em comum. Um momento difícil que foi recordado na manhã desta sexta-feira, dia 5 de abril, no 'O Programa da Cristina', onde partilhou o seu testemunho e mostrou que um homem também sofre com a separação. 

"O divórcio é tão mais difícil quanto a expectativa que se criou de uma vida de família completa, total, partilhada e que iria durar para sempre. Quando se sonha muito, o divórcio fica muito difícil", começou por dizer o ator, referindo que foram 23 anos de um casamento de "muita felicidade e aventuras". 

Paulo lembrou que "eram um casal muito apaixonado, com muitas manifestações de afeto". "Aliás, quando a notícia se espalhou nos nossos amigos, a surpresa foi total". 

Falando sobre os motivos da separação, o artista explicou que a agora ex-companheira "tomou opções diferentes". "Eu percebi logo, quase de início. Às vezes o problema mais complicado é quando as opções são involuntárias...", disse, acrescentando que o coração da 'ex' "ficou muito partilhado". "Tragicamente partilhado porque ela nunca negou, ou seja, sempre reafirmou até ao fim a vontade de continuar comigo, o amor que supostamente tinha por mim, a vontade de continuar o projeto", continuou, afirmando: "É gostar de duas pessoas ao mesmo tempo e prolongar isso ao longo do tempo". 

Paulo soube do que se passava a "partir de certa altura" e confessou que lidou com a situação de uma forma "muito sofrida". "Não tenho uma posição demasiado preconceituosa em relação a isso, mas, de facto, a vida torna-se impossível, difícil. Portanto, acreditei sempre no regresso, na reconstrução, e lutei muito por isso com tudo o que pude. Com a tentativa até de emendar erros que pudessem haver do passado", partilhou. 

Apesar de a ex-mulher também querer tentar continuar com o casamento, a decisão da separação acabou por chegar e veio por parte de Paulo. "Tive de decidir, até para proteger os meus filhos que sofriam com o nosso sofrimento", admitiu, justificando que, a certa altura, já "não aguentou mais" viver assim. 

Depois do casamento ter chegado ao fim, ficou um "vazio muito grande, a sensação de que não há plano que substitua aquele plano". "E ainda não há, não haverá, porque aquele núcleo era insubstituível", afirmou. 

Foi o ator que decidiu sair de casa, mas não foi sozinho. "Os meus filhos vieram comigo. Eles escolheram viver comigo. A mais nova era menor quando houve a separação e aí houve uma decisão que passou por alguma controvérsia, mas ligeira, para a partilha. Houve uma partilha mais ou menos sã", disse ainda. 

No entanto, mesmo estando na companhia dos filhos, sentia a falta da "família, o projeto da família". "E aí é que a emoção é forte. Quando afirmamos um projeto de família, estamos a afirmar um núcleo fundamental da vida. Acredito muito nisso. Acredito que na família, nos laços familiares, temos aquilo que nos liga ao mais profundo da nossa vida. Aquilo que nos cria as âncoras para suportar e continuar todas as outras lutas. É tão difícil falar", confessou. 

Durante a conversa, Paulo Matos admitiu que teve de procurar ajuda de um psiquiatra/psicólogo para ultrapassar esta fase menos boa: "Estive durante quase três anos com muito pouca força para reagir"

Esta ajuda foi fundamental para o "reequilíbrio que encontrou". No entanto, há algo que nunca vai ultrapassar. 

"O que acontece é que aquilo que não existe e não existirá mais é o espaço de acreditar num novo projeto parecido. Isso não voltará a acontecer. E isso é uma mágoa, uma tristeza. É a sensação de que não há nenhuma nova relação que possa atingir o pleno. As relações são sempre partilhadas entre vários universos que não podem cruzar-se, não podem ser inteiramente partilhados, completamente planeados. Eu vivo uma relação a dois, maravilhosa, de grande paixão e felicidade, mas os nossos filhos - ela tem uma filha e também de uma separação - são sempre outros universos exteriores. É isso que me entristece", prosseguiu, reconhecendo que nunca mais vai conseguir ultrapassar isso. 

Questionado por Cristina Ferreira sobre se ainda existe ou não amor pela 'ex', o ator não hesitou em dizer: "Há um amor imenso. Não no presente, não pelo presente. Já quase não a reconheço, não sei, não me lembro. Passaram mais de cinco anos... Mas há um amor imenso por aquilo que ela foi para mim. Nunca deixará de existir. Os homens são igualmente frágeis, românticos, chorosos... Chorei tanto, até nos ombros dos meus filhos". 

Paulo reconhece que "há uma sorte" nesta separação, uma vez que os filhos já eram crescidos. "E tenho um orgulho muito grande porque os eduquei muito bem. Eles têm estruturas morais muito fortes. Têm uma força de vida muito intensa. Uma lucidez para encarar as coisas muito boa e têm valores de amizade, partilha, solidariedade, afeto, verdade... Nós temos uma máxima desde que eles são crianças que é: O que é o melhor do mundo? São os miminhos. O que é o pior do mundo? É mentir. E esta máxima eles têm muito integrada, muito forte dentro deles. E foi essa força que ao longo da vida lhes passei e que eles depois me conseguiram passar, e ainda me passam. Isso é maravilhoso", rematou.

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