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"Lembro-me que a minha mãe era a melhor mãe do mundo"

Diana Chaves recorda a progenitora, fala do pedido de casamento e da maternidade numa entrevista intimista.

"Lembro-me que a minha mãe era a melhor mãe do mundo"

Diana Chaves foi a mais recente entrevistada de Daniel Oliveira, tendo estado este sábado no programa ‘Alta Definição’, da SIC.

Durante a conversa, a apresentadora abordou vários temas da vida pessoal, começando por referir-se à filha, confessando que sentiu amor à primeira vista “quando viu pela primeira vez” a menina, Pilar, de seis anos, fruto do noivado com César Peixoto.

“É tudo muito intenso, mas adorei. Não tive nervos, nada… Aproveitei todos os momentos, mesmo aquelas horas todas de trabalho de parto. Não tive dores, tinha a família toda, os amigos ali perto. Foi tão bom, mas claro que é aquela ansiedade. Tive 11 horas em trabalho de parto. Aquela expectativa de 'Ai está a chegar…'. De repente ela nasce, está aqui nos meus braços, nunca mais será a mesma coisa”, conta. 

Diana Chaves afirmou que era uma pessoa “muito perfecionista”, considerando ser bom quando não é em demasia. No entanto, com a nascimento da filha, percebeu “que não conseguimos ser perfeitos e também não é preciso”. “Hoje em dia sou muito mais tolerante”, assegura, dizendo também que aprendeu a aceitar o erro.

Na sua opinião, “as mães não são melhores amigas”. “Podem ser amigas, mas mães são mães. Ela sabe perfeitamente que pode contar comigo para tudo, mas também sabe perfeitamente que se eu tiver que dizer que não, se tiver que me zangar, ou não deixar alguma coisa, [vou fazê-lo]. Mas vou protegê-la sempre”, garante.

Diana recorda ainda a adolescência, revelando as coisas que fez e que não gostaria de ver a filha a fazer. Ainda assim, faz questão de frisar que “não foi uma adolescente muito problemática”.

“Como era atleta, a coisa era sempre muito controlada. Sei lá, aquelas coisas de quando acabávamos as provas num campeonato, num fim de semana, que vamos sair à noite… Íamos para os shots para ficarmos bêbados. Claro que bebia três e ficava a cantar. Mas até nisso, porque acho que nunca apanhei nenhuma bebedeira. Mas estas coisas às vezes afligem-me um bocadinho porque uma coisa traz a outra. E às vezes aqueles acidentes acontecem nesses momentos, em que está tudo um bocadinho descontrolado, mas que faz parte. Eles vão ter que passar por isso”, explicou.

A estrela da estação de Carnaxide acredita que tudo o que acontece tem um propósito e confessa que “gosta tanto de ser mãe” que sempre que se depara com esse facto pensa: ‘Será que perdi a minha mãe muito cedo para dar valor, ser muito presente e ser boa mãe…”

“Quando há amor, tudo o resto é muito mais fácil". A paixão que se mantém na união com César Peixoto

“O facto de ser um pessoa sensível e quando conheci o César ele era muito mais orgulhoso, era uma pessoa não tão aberta como é hoje", começa por dizer, referindo-se aos aspetos em si que deixaram o companheiro, César Peixoto, apaixonado. "A minha sensibilidade fez com que ele visse as coisas de outra forma, a família de outra forma. Nós já estamos juntos há muito anos e realmente tornou-se numa pessoa mais leve. A essência dele sempre foi esta, não o mudei nem eu queria isso. Hoje em dia é uma pessoa que acorda a dizer que nos ama, vai buscar os miúdos à escola a dizer que os ama e que são a melhor coisa da vida. Não consegue dormir chateado. Além desta leveza, de repente transborda amor. Acho que, se calhar, foi esta minha coisa da família, a minha união familiar”.

Diana Chaves conta que gosta de receber gestos românticos, mas também de os fazer. Aliás, a apresentadora confessa que há uma ‘tradição’ amorosa que se mantém. Como o ex-jogador viaja muito, até porque a sua família é de Braga, Diana deixa sempre uma carta de amor no meio da mala para que o companheiro a encontre na chegada ao destino. “É uma coisa que se mantém durante estes anos todos. Também gosto de receber e ele também o faz. Quando sai muito cedo de casa, por exemplo, quando vou sair tenho um papel colado na porta com um recado, um miminho", partilha. 

Sobre o casamento, Diana refere que ainda não aconteceu “por nenhum motivo em especial”. “Não sou muito de organizar coisas e o facto de ter que organizar aquilo cria-me alguma ansiedade. Então estou à espera de acordar um dia, ou de ir passar um fim de semana não sei onde, e dizer: ‘Vai ser aqui’. Depois pego no telefone e digo: ‘Venham todos cá ter’”, revela, entre risos, acrescentando: “Por isso é que ainda não aconteceu”.

O pedido de casamento que aconteceu no seu aniversário

“Ele não estava cá e de manhã começo a receber umas cartas. Faz o saco com uma toalha, um fato de banho para ti e outro para a Pilar, e vão ter a Algés às tantas horas. Cheguei à piscina de Algés, onde nadei a minha vida toda, e tinha alguém a entregar-me uma outra carta que dizia: ‘Vai nadar na pista quatro, tens alguma coisa à tua espera’. Na pista quatro, debaixo de água, tinha uma chave e outra carta que dizia para ir ter às tantas horas não sei onde. Então era num restaurante, o meu preferido, e quando cheguei lá estavam lá as minhas amigas todas da natação, algumas que já não via há anos, as minhas irmãs, família, tudo reunido. Entretanto, o César aparece com um cartão a dizer: ‘Quando acabares o treino vai ter ao restaurante’. Perguntei se tinha sido ele e ele disse que não. Fomos recebendo cartões e às tantas fomos parar a uma bomba de gasolina em Sintra e diziam-nos: ‘Agora deixem o vosso carro e entrem no Smart que está na bomba cinco. Quando entramos no carro, estava a trabalhar e a dar a nossa música. Depois é que eu pensei que nós conhecemo-nos numa bomba, o César estava num Smart igual àquele e estava a dar aquela música. Comecei a perceber”, conta. 

Entretanto foram ter à Quinta da Regaleira e receberam a ordem para entrar cada um numa sala diferente. Na sua estava lá um vestido e uns sapatos. Arranjou-se e foi ter com o companheiro que também estava vestido a rigor. Ambos foram para um jantar. “Tudo muito romântico”. Até que a dada altura subiu à torre, “com uma vista inacreditável”. “Fiquei ofuscada com a vista e não reparei no aparato das velinhas, flores… Quando me viro para trás, o César estava de joelhos e disse: ‘Queres casar comigo’? Como o meu anelzinho. Foi muito giro”, completa. 

A perda que marcou a sua vida: A morte da mãe quando tinha 11 anos

“Nunca imaginei ser atriz, ser apresentadora. Não eram objetivos que tinha desde miúda. Talvez um sonho, o de ir aos Jogos Olímpicos, não fui, e agora se for é só para ver. Agora, cumpridos, esta coisa de ter a Pilarzinha. Sempre quis ter filhos e sempre disse que posso não fazer nada de jeito na minha vida, mas vou ser boa mãe. A minha mãe morreu quando tinha 11 anos, é um facto, mas tive uma infância, ainda assim, muito feliz. Lembro-me que a minha mãe era a melhor mãe do mundo. E as memórias que tenho são essas. Ela acompanhava-nos muito, era muito presente”, recorda. 

Por ter tido a melhor mãe do mundo, Diana sempre pensou que "também ia ser assim". "E sou a melhor mãe do mundo à minha maneira”, afirma.

Durante a entrevista, a figura pública recorda também o dia em que soube da perda da progenitora. “Lembro-me de pensar: ‘Mas porquê? Pensava que estas coisas só aconteciam aos outros. Porquê? Que mal é que nós fizemos?’. Essa raiva que acho que é transversal a todas as perdas, sobretudo quando são repentinas. Sabia que era uma coisa muito grave porque foram-nos pondo a par disso também. Que podia acontecer uma coisa muito má. Dizia-nos: ‘Aí reza à noite’. E eu rezava [e achava que as coisas iam dar certo] só que depois não. Lembro-me de ter ficado muito revoltada em relação a isso, de ter pedido e de não me terem ouvido”, confessa. 

Não foi o pai que lhe deu a triste notícia, uma vez que este estava ao lado da mãe. Mas, lembra, houve uma despedida. “Fomo-nos despedir da mãe. Não sabíamos que era uma despedida, mas eu apercebi-me de alguma coisa. A minha irmã Petra, que é mais velha, de certeza que se apercebeu. A Sara não porque era mais pequenina e eu sabia que aquilo não era uma visita normal, que havia algo mais. Na manhã seguinte estava a minha avó e uma prima da minha mãe, que nos era muito próxima, e foi ela que nos contou. Tenho essa recordação e foi um momento tão doce… Foi horrível, claro que foi, mas a doçura com que ela disse aquilo e da forma como pôs as coisas, claro que depois nós criamos as nossas memórias e não sei se depois já fui eu que idealizei…”, conta. 

Se lhe fosse garantida a resposta a uma pergunta, Diana admite que “queria saber se a mãe e a avó estão bem e se estão orgulhosas”.

A apresentadora acabou ainda por partilhar um momento especial. “Quando a Pilar me perguntou: ‘A tua mãe?’ Eu expliquei com toda a naturalidade porque é assim que quero que ela lide com isso. Sempre disse que a minha mãe era uma estrelinha. A que brilhar mais é ela. E ela diz-me muitas vezes: ‘Olha ali a tua mãe’. Aqui há uns meses, nós vínhamos no carro e alguma coisa me vinha a atormentar, já não me lembro o quê. Vinha um bocadinho triste e estava lá a estrelinha brilhante e eu vinha a pensar: ‘Será que elas nos ouvem mesmo? Será que elas nos acompanham e vêem tudo?’. Nisto a Pilar, que vinha no banco de trás com os fones a ver um filme, do nada, no preciso momento em que estava a pensar isso, ela diz-me: ‘Oh mãe, olha ali a tua mãe’. E eu pensei: ‘É a resposta’”, partilha.

Apesar de não sonhar muitas vezes com a progenitora, Diana revela que sonhou com ela apenas duas vezes e que "a viu". “Nestes anos todos, só que aconteceu duas vezes. É um misto porque durante o sonho é uma coisa ótima, mas depois quando acordamos é o inverso do pesadelo”, explica. 

Recorde-se que Diana Chaves abraçou recentemente um novo desafio profissional, o programa ‘Casados à primeira vista’ que estreia na noite deste domingo, dia 21, na SIC.

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