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Jornalista da TVI revela ter sido brutalmente "espancado" pelo namorado

Emanuel Monteiro garante que foi vítima de violência doméstica durante mais de um ano.

Jornalista da TVI revela ter sido brutalmente "espancado" pelo namorado
Notícias ao Minuto

19:35 - 23/07/18 por Notícias Ao Minuto

Fama Polémica

O jornalista da TVI Emanuel Monteiro fez nos últimos dias uma surpreendente revelação na sua página de Instagram. O autor da reportagem 'Senhor Traveca' garante ter sido vítima de violência doméstica durante mais de um ano.

Lembrando o crime recente em que um jovem de 20 anos, Miguel, foi  alegadamente esfaqueado pelo namorado no Porto, Emanuel contou a sua dramática história em jeito de alerta para que as vítimas de violência doméstica não sofram em silêncio. 

"Fui vítima de violência doméstica durante mais de um ano, de forma consecutiva e, a cada episódio, mais grave. Começou com um estalo e acabou com um espancamento, dentro da minha própria casa.", revelou o jornalista, relatando ao pormenor o episódio violento que marcou para sempre a sua vida.

"Foi no dia do meu aniversário. Estava sem telemóvel, trancado, impedido de fugir ou de pedir ajuda. Estive à espera, durante todos os minutos daquelas três horas, que o agressor abrisse a gaveta da cozinha e de lá tirasse uma faca para acabar com o pouco que ainda restava de mim. Fiquei gelado de medo, morto de espírito enquanto era agredido sem dó, nem piedade", acrescentou Emanuel, dizendo que não denunciou o caso, passado há um ano, por "vergonha" e medo de "estragar a vida" do agressor. 

"Foi o pior que me aconteceu na vida, mas, felizmente, ao contrário do Miguel, fiquei cá para contar a história. Hoje, o agressor está muitas vezes, muitas horas, a 3 metros de mim. E tem tanto em comum com o desta história horrível. Às vezes, ainda tenho medo, muito medo.", contou ainda, deixando no ar a possibilidade do seu ex-companheiro também trabalhar na estação de Queluz de Baixo.

Por fim, Emanuel deixou um apelo a todas as vítimas de violência doméstica: O jornalista pede que situações como a que ele viveu sejam denunciadas e assim se evitem casos trágicos como poderá ter sido o do jovem Miguel. “Um ano depois, e com a história do Miguel, tenho a certeza: do que mais me arrependo é de não ter apresentado queixa crime. Hoje faria tudo diferente. É que o André matou o Miguel. E o Miguel poderia ser o Emanuel”, escreveu.

A notícia já tem alguns dias, mas só agora consegui ter real dimensão daquilo que aconteceu. O Miguel foi morto pelo ex-namorado. Morto, à facada, dentro de casa, pelo André. O significado da verdadeira desumanidade, a redução do homem à condição de animal. Uma tragédia que poderia ser evitada. Tenho a certeza, e a responsabilidade é de todos nós. É da falta de educação cívica para a denúncia. A denúncia em episódios de violência, sobretudo recorrentes, é fundamental. Mesmo que as vítimas não o consigam fazer (é sempre tão difícil e aterrador), é responsabilidade dos amigos, dos familiares e dos colegas de trabalho alertar as autoridades, assim que saibam de alguma coisa. Eu sei do que falo: fui vítima de violência doméstica durante mais de um ano, de forma consecutiva e, a cada episódio, mais grave. Começou com um estalo e acabou com um espancamento, dentro da minha própria casa. Foi no dia do meu aniversário. Estava sem telemóvel, trancado, impedido de fugir ou de pedir ajuda. Estive à espera, durante todos os minutos daquelas três horas, que o agressor abrisse a gaveta da cozinha e de lá tirasse uma faca para acabar com o pouco que ainda restava de mim. Fiquei gelado de medo, morto de espírito enquanto era agredido sem dó, nem piedade. Não consegui, sequer, defender-me. Foi o pior que me aconteceu na vida, mas, felizmente, ao contrário do Miguel, fiquei cá para contar a história. Hoje, o agressor está muitas vezes, muitas horas, a 3 metros de mim. E tem tanto em comum com o desta história horrível. Às vezes, ainda tenho medo, muito medo. Nunca consegui denunciá-lo, por receio, por vergonha, mas sobretudo por compaixão e para não estragar a vida a uma pessoa, não faz parte de mim fazer mal aos outros (eu achava que iria fazer). Um ano depois, e com a história do Miguel, tenho a certeza: do que mais me arrependo é de não ter apresentado queixa crime. Hoje faria tudo diferente. É que o André matou o Miguel. E o Miguel poderia ser o Emanuel. Depende de nós acabar com estas histórias. Amor só pode ser amor, nada mais. É por amor que vos peço: sejam fortes, denunciem qualquer episódio de violência doméstica ou no namoro! 

Uma publicação partilhada por Emanuel Monteiro (@emanuelsmonteiro) a 21 de Jul, 2018 às 5:31 PDT

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