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Fátima Lopes sofreu bullying no trabalho: "Os gritos ouviam-se cá fora"

A apresentadora foi vítima de um chefe tirano no início da sua carreira.

Fátima Lopes sofreu bullying no trabalho: "Os gritos ouviam-se cá fora"

Fátima Lopes enfrentou no início da sua carreira uma experiência traumática que decidiu partilhar com os seus seguidores, como forma de ajudar todos os que passam por situações semelhantes.

Num testemunho emocionante, partilhado no blogue 'Simply Flow by Fátima Lopes', a apresentadora revelou que foi vítima de bullying por parte do seu primeiro chefe. Dois meses depois da sua entrada na empresa, onde era responsável de marketing, Fátima começou a sentir-se humilhada.

"Aos poucos, o senhor foi-se revelando. Sempre que me chamava ao gabinete, eu saía transtornada. Os gritos ouviam-se cá fora. A imagem física dele não ajudava. Era muito alto, com um ar imponente, nunca sorria e parecia trespassar-me com o olhar.", começou por contar a estrela da TVI, que não era a única a sofrer com a situação. 

“Sim, fazia bullying no trabalho. Tudo lhe servia. Diariamente tinha de ter uma vítima. Eu não era a única! Havia sempre alguém que ele chamava aos berros e que já sabia que ao entrar naquele gabinete, onde as conversas aconteciam quase sempre de porta aberta, ia ser humilhado, enxovalhado e mal tratado.”, lamentou.

A pressão começou a afetar a autoestima da anfitriã do programa ‘A Tarde é Sua’, mas o facto de estar no início da sua vida conjugal fê-la manter-se no posto de trabalho. “Perguntava-me todos os dias quanto tempo iria aguentar aquele ambiente, mas a verdade é que estava no início da minha vida conjugal e precisávamos do ordenado dos dois para pagar as contas”, recorda.

“Deprimida e triste”, Fátima foi aconselhada pela sua médica a ficar de baixa “para proteger a sua saúde emocional”. Durante as semanas que esteve em casa, aquela que é uma das caras mais famosas da TVI aproveitou para procurar e candidatar-se a novos empregos. Contudo, mesmo antes de conseguir uma nova oportunidade, decidiu despedir-se: “Preferia arriscar a ficar ali a destruir-me”.

Na mesma semana em que apresentou a sua demissão, a apresentadora foi contratada para trabalhar numa outra empresa. “Melhor de tudo isto: esta empresa tinha um contrato de exclusividade com a SIC, que ficava sob a minha alçada. E, foi este o passaporte para entrar no mundo onde trabalho há 24 anos e pelo qual ainda hoje estou profundamente apaixonada”, rematou.

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