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Administrador nomeado para Montepio ainda espera 'luz verde' do BdP

O administrador nomeado para a Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) Pedro Alves ainda não tem 'luz verde' do Banco de Portugal para exercer funções, confirmou a Lusa junto de fontes do setor.

Administrador nomeado para Montepio ainda espera 'luz verde' do BdP
Notícias ao Minuto

10:22 - 16/04/18 por Lusa

Economia Banco

Quase quatro semanas depois de a nova administração do banco Montepio, liderada por Carlos Tavares, ter entrado em funções ainda falta o registo do Banco de Portugal a Pedro Alves, nomeado em assembleia-geral administrador executivo, pelo que não começou a exercer funções no banco.

A Lusa questionou fonte oficial do grupo Montepio sobre este tema, que não respondeu.

Já o Banco de Portugal disse que "não se pronuncia sobre casos concretos".

Contudo, do ponto de vista genérico, o banco central disse que concede "a autorização para o exercício de funções a membros propostos para os órgãos sociais das instituições supervisionadas quando dispõe de toda a documentação e informação necessárias à completude do processo e se encontre verificado o cumprimento de todos os requisitos de adequação".

Para uma pessoa ser administradora de um banco, o supervisor tem de avaliar se o seu perfil é adequado à função, nomeadamente avaliando a sua idoneidade, sendo o objetivo deste procedimento dar mais garantias de uma gestão sã e prudente.

Fonte ligada ao processo disse que este pedido se tem arrastado por Pedro Alves ter tido funções na Associação Mutualista Montepio Geral, o único acionista da CEMG, estando o banco central a analisar questões da relação entre o acionista e a empresa detida.

Em 16 de março foi nomeada formalmente a nova administração da Caixa Económica Montepio Geral, que conta com Carlos Tavares como presidente do conselho de administração ('chairman') e presidente executivo.

A entrada em funções de Carlos Tavares (que foi presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários até 2016 e antes de ir para o Montepio era assessor da administração da Caixa Geral de Depósitos) aconteceu cerca de uma semana depois.

A comissão executiva da CEMG, além de Carlos Tavares, tem como membros Nuno Mota Pinto (vindo do Banco Mundial e inicialmente indicado para presidente do banco, mas que passou a administrador na sequência da polémica devido a uma dívida à banca tida até ao ano passado), Carlos Leiria Pinto, José Mateus, Helena Costa Pina, Pedro Ventaneira.

Já os administradores não executivos são Amadeu Paiva, Rui Heitor, Luís Guimarães, Vítor Martins e Manuel Teixeira.

Carlos Tavares sucedeu na presidência do Montepio a Félix Morgado, cujo mandato no banco mutualista foi marcado por divergências com Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, o único acionista da CEMG.

Sobre a Associação Mutualista Montepio, o Jornal Económico noticiou na terça-feira à noite que o Conselho de Administração da associação retirou os pelouros ao administrador Fernando Ribeiro Mendes na semana da Páscoa, informação confirmada pela Lusa.

Os pelouros eram os de meios, serviços partilhados, compras, estudos mutualistas e secretariado geral, segundo o jornal.

Em causa esteve a "quebra de confiança" face este administrador que tem assumido posições públicas divergentes. Num artigo em março no Público, Ribeiro Mendes falava na necessidade de haver mudanças no governo e na gestão do Montepio.

A Associação Mutualista Montepio Geral tem eleições marcadas para dezembro deste ano, tendo Tomás Correia dito em final de fevereiro que ainda é cedo para tomar uma decisão, mas considerado que os candidatos até ao momento "não estão à altura do Montepio".

O Público noticiou esta semana que as listas que no ato eleitoral de 2015 se opuseram a Tomás Correia estarão em contactos para concertar uma posição e eventualmente uma lista única, o que a Lusa também confirmou.

Em causa estão nomes como Bagão Félix (antigo ministro do Trabalho e das Finanças, em governos PSD/CDS-PP), Eugénio Rosa (economista ligado ao PCP) e António Godinho (ex-trabalhador do Montepio e empresário).

O Público referiu ainda que há "duas visões" que se opõem na administração da Associação Mutualista, estando de um lado Carlos Beato (socialista e ex-presidente da Câmara de Grândola), Virgílio Lima e Tomás Correia e do outro Miguel Coelho (vice-presidente do Instituto da Segurança Social entre 2011 e 2013, no governo PSD/CDS-PP) e Ribeiro Mendes (ex-secretário de Estado da segurança Social no governo PS de António Guterres).

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