Arménio Carlos assume "referência" de 4% para aumentos salariais
O líder da CGTP/IN, Arménio Carlos, sem se querer comprometer com um valor específico, assumiu hoje a "referência" de 4% para exigir o aumento generalizado de salários nas diversas negociações que vão decorrer com o governo.
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Economia CGTP
"Posso dizer que aquilo que reclamámos, em termos gerais, foi um aumento de 4% para os trabalhadores do setor público e do setor privado. É isso que estamos a tentar concretizar nas empresas", afirmou, em declarações à Lusa, no parlamento.
O secretário-geral da CGTP/IN ressalvou que "mais importante do que discutir valores ou percentagens" é "o princípio constitucional" do "direito à negociação na administração pública".
"Mais do que estarmos a dar uma referência sobre o valor a discutir - porque ainda vamos discutir o valor a apresentar para o próximo ano (2019) -, o que é prioritário é que seja estabelecido no Programa de Estabilidade que o Governo se compromete a abrir uma conta no orçamento para atualizar os salários da administração pública", continuou.
Arménio Carlos remeteu a responsabilidade direta pelas futuras negociações para os "camaradas" dos sindicatos da Frente Comum [de Sindicatos da Administração Pública] da CGTP, apesar de o executivo socialista ter vindo a dizer ao longo deste ano que não há margem orçamental para aumentos de salários em 2019.
O Programa de Estabilidade 2018-22, cuja previsão de défice para este ano será de 0,7% em vez do previsto 1%, segundo tem sido noticiado, deverá ser aprovado hoje em Conselho de Ministros, dando entrada na Assembleia da República na sexta-feira para ser debatido em 24 de abril, até ser entregue em Bruxelas até no final do mês.
"Este Programa de Estabilidade não pode deixar de ter em consideração normas constitucionais que têm de ser cumpridas, nomeadamente a atualização anual dos salários da administração pública", disse o líder da CGTP, pois "ninguém entende que, num quadro em que o país está a crescer economicamente e que estes trabalhadores há cerca de nove anos não recebem qualquer atualização, não haja um sinal no Orçamento do Estado para atualizar os salários da administração pública".
Arménio Carlos e restante comitiva encontraram-se com o vice-presidente da Assembleia da República, o socialista Jorge Lacão, para entregar em mãos a petição pública "contra a precariedade, emprego com direitos", que juntou um total de 51.339 assinaturas de cidadãos.
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