Sindicato retalia. Acha "ideia muitíssimo boa" ir a tribunal com Ryanair
A presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) considerou hoje "uma ideia muitíssimo boa" ir a tribunal, depois da Ryanair ter admitido a possibilidade de processar o sindicato.
© Reuters
Economia SNPVAC
"Eu até acho muito bem que todos vamos a tribunal dirimir este problema em conjunto. Acho que foi uma ideia muitíssimo boa e estamos preparados para isso, com toda a certeza", referiu à agência Lusa, Luciana Passo, depois de o presidente executivo da transportadora irlandesa ter admitido na manhã de hoje um processo face às "falsas alegações" dos sindicalistas.
"Se calhar até é um sítio, onde com toda a lisura, e naturalmente face à Justiça e dentro de um tribunal podemos mostrar todas as irregularidades, podemos demonstrar todos os atropelos e fazer a Ryanair a defesa que entender e demonstrar que nós próprios estamos errados e que os tripulantes estão errados", acrescentou.
Michael O'Leary, CEO da companhia aérea de baixo custo,
admitiu hoje à Lusa processar o sindicato de tripulantes se continuar com as "falsas alegações" de violação da lei portuguesa, no âmbito da recente greve de trabalhadores de bases nacionais.
"Penso que podemos ir a tribunal. Se o sindicato continuar estas falsas alegações de que violámos a lei portuguesa, então penso que teremos de os processar, porque somos um grande empregador, um grande investidor em Portugal (...) e não estamos dispostos a ter o nosso bom nome e reputação manchados por alegações falsas feitas por um sindicato com representantes da TAP", afirmou o CEO, à margem de uma conferência no Estoril.
Desde o início da paralisação de três dias, no período da Páscoa, que o SNPVAC acusou a companhia aérea de violar a lei portuguesa, ao substituir trabalhadores em greve, incluindo com ameaças de despedimento.
A dirigente sindical considerou ainda que a transportadora "está a dar a volta à questão", até porque tem referido a possibilidade de aumentos salariais ao sindicato.
"Ninguém pediu nesta altura aumentos, o que se pediu foi que a lei portuguesa, estando os tripulantes a trabalhar em território nacional, iria ser uma garantia" em questões como baixas médicas.
"E que não iriam insistir na coação e na intimidação quando os objetivos de vendas não eram atingidos e que a lei da parentalidade iria ser cumprida quando o tripulante assim o entendesse", elencou a dirigente.
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