Ministro Centeno deixou "um aviso aos parceiros, ao Governo e ao PS"
Em destaque no comentário de Miguel Sousa Tavares esteve o artigo de opinião escrito pelo ministro das Finanças para o jornal O Público.
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Economia Miguel Sousa Tavares
O ministro Mário Centeno escreveu um artigo de opinião, publicado no jornal Público, para “surpresa” de Miguel Sousa Tavares que não hesitou em afirmar que o governante “não só está a dar um aviso aos parceiros de Governo, mas também a dar um aviso ao próprio Governo e para o Partido Socialista”.
Na antena da SIC Notícias, o escritor deixou, esta segunda-feira, um aviso: “[Mário] Centeno diz ‘nós cumprimos todas as metas e ultrapassamos-las. O país cresceu mais do que a União Europeia, reduzimos o desemprego muito para além do que era expetável, criamos mais postos de trabalho de, o que também era expetável, o défice desceu para 1%. Vamos neste caminho. Este ano é esperado um défice de 0% e em 2020, seria um fato completamente inédito, teríamos um superavit de 0,6%. Ou seja, o país teria mais receitas do que despesa criada”, começa por analisar o texto de Centeno, ressalvando que o ministro avisou que “os tempos podem mudar”.
“A história recente da economia portuguesa mostra o seguinte: quando os tempos mudam, Portugal paga imediatamente 3% no défice negativamente”, explicou Sousa Tavares.
Quer isto dizer, alertou o comentador que o ministro das Finanças deixou claro quais são as suas “condições para continuar” a desempenhar as funções de ministro das Finanças.
“No final da legislatura, diz ele [Centeno], se continuarmos neste caminho teremos reduzido a conta de juros a pagar anualmente me 800 milhões por ano. Isto é a base de finanças públicas sólidas. Não há outro caminho e ele termina dizendo e nós não nos afastaremos deste caminho em caso algum”, afirmou Sousa Tavares, rematando que o artigo do ministro é um "aviso" ao Governo.
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