"Bolsa portuguesa é bolsa anémica, com um número decrescente de empresas"
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) defendeu hoje que um mercado de capitais "eficiente e dinâmico" é tão importante quando um sistema bancário "robusto e moderno", lamentando que a bolsa portuguesa esteja atualmente "anémica".
© Global Imagens
Economia Faria de Oliveira
"A bolsa portuguesa é uma bolsa anémica, com um número decrescente de empresas cotadas (148 em 1997 para 57 no final de 2017), muitas com reduzido 'free float' e em situação financeira difícil", afirmou Fernando Faria de Oliveira durante a conferência 'Capitalização de Empresas', que hoje decorreu no Porto.
Descrevendo o índice de referência da bolsa nacional - o PSI-20 -- como "um PSI-18" (já que atualmente engloba apenas 18 empresas), sendo que entre estas, "quatro representam 50% do índice", Faria de Oliveira apontou ainda o decréscimo da capitalização bolsista portuguesa "de 55% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2007 para pouco mais de 30% agora".
"Precisamos tanto de um setor bancário robusto e moderno como de um mercado de capitais a funcionar e Portugal está, infelizmente, na cauda da Europa neste domínio. Estamos muito longe de países como o Reino Unido, França e Espanha e também abaixo da área euro e da União Europeia", sustentou, atribuindo em parte esta situação à "grande destruição de valor" registada nos últimos anos, que levou a uma "descapitalização de algumas das principais empresas cotadas" na bolsa nacional.
A este propósito, o presidente da APB disse esperar que projeto de desenvolvimento do mercado nacional - submetido em outubro do ano passado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), ao abrigo do programa de apoio às reformas estruturais -- "venha inverter a tendência depressiva do mercado nacional, capacitar as empresas e fomentar o recurso ao mercado de capitais para reforço de capitais próprios".
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