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Lei laboral? "É cedência do Governo aos partidos que o apoiam"
A descida do desemprego é “real” e, por isso, Manuela Ferreira Leite não compreende por que razão o Governo se prepara para alterar as leis laborais. Aliás, a única justificação que encontra é a de que se trata de uma “cedência” perante o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista.
© Global Imagens
Economia Ferreira Leite
"Porque é que é necessário alterar a lei laboral neste momento?”, questiona Manuela Ferreira Leite no seu comentário semanal na antena da TVI24, lamentando o facto de termos "muito a tendência de quando uma coisa está bem mexermos e estragarmos tudo”.
E é isso que a comentadora receia que venha a acontecer com as alterações que estão a ser discutidas para serem aplicadas à lei laboral.
A antiga ministra das Finanças admite que sejam as Pequenas e Médias Empresas as que mais recorrem ao trabalho precário.
No entanto, não deixa de considerar que o emprego deveria ser “mais estável”. “Mas isso é bom é para as grandes empresas” que, adverte, têm a possibilidade de recorrer ao outsourcing para contornar as novas regras que se querem impor.
Por outro lado, as PME não têm essa capacidade e, “ao não terem capacidade para oferecer contratos tão seguros, não contratam as pessoas e podemos entrar numa situação em que o retrocesso na contratação seja muito visível”.
Face ao exposto, Manuela Ferreira Leite é perentória ao afirmar que o “Governo está a fazer uma cedência aos partidos que o apoiam, independentemente de não ser benéfico para os trabalhadores e para o país”.
“É uma cedência que não tem em conta o interesse nacional, mas o político, de satisfazer as reivindicações dos partidos que apoiam o Governo”, rematou, mas não antes sem lembrar que a “precariedade laboral é algo que existe de forma muito significativa na Função Pública e a lei que se está a preparar é dirigida aos privados”.
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