Vendas da dona da Sagres crescem 6% em 2017 e exportações pesam 12%
As vendas da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC) cresceram 6% no ano passado em volume, face a 2016, e as exportações da Sagres tiveram um peso de 12%, disse à Lusa o diretor de comunicação.
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Economia Empresas
"As vendas da Central de Cervejas cresceram no ano passado 6% em volume, acompanhando o crescimento global do mercado", disse Nuno Pinto Magalhães, salientando que, segundo dados da Nielsen, o mercado cervejeiro subiu 5% em 2017.
Dos 5% da subida do mercado cervejeiro em Portugal no ano passado, o canal HoReCa [Hotéis, Restaurantes e Cafés] registou uma evolução de 6% e a grande distribuição 4%.
"O canal HoReCa foi sempre muito determinante" para a Central de Cervejas, representando mais de metade das vendas (entre 55% e 57%), acrescentou Nuno Pinto Magalhães, referindo que "o turismo é um fator determinante" para a evolução do consumo, bem como também o factor confiança dos consumidores.
"O turismo tem sido um fator importante e dinamizador das nossas vendas", disse, salientando que tal se reflete no aumento do consumo nos restaurantes, cafés e hotéis, contando ainda com as "boas condições climatéricas".
Em 2016, o mercado global da cerveja ficou estável, de acordo com dados da Nielsen, enquanto a Central de Cervejas aumentou 3%.
"Nos últimos dois anos tivemos condições climatéricas atípicas, com verões prolongados" e até a polémica lei do tabaco acabou por 'ajudar' o setor, com a proliferação de esplanadas, "o que influenciou positivamente o canal HoReCa", acrescentou o diretor de comunicação e de relações institucionais da SCC.
Sobre as exportações, Nuno Pinto Magalhães adiantou que estas representaram 12% do volume global de vendas em 2017.
"O que é que houve de diferente no ano passado? Continuamos com os principais mercados que tínhamos: mercados da diáspora e os PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa], com exceção de Angola, mas o que significou uma grande diferença foi a China", explicou.
"No ano passado tivemos um crescimento muito significativo para a China, passou a ser o segundo maior mercado de exportação a seguir à Suíça", acrescentou Nuno Pinto Magalhães.
O Reino Unido é o terceiro maior mercado de exportação da Central de Cervejas.
Segundo o responsável, a principal razão para esta expressão das exportações para a China é "o fator futebol", que é um verdadeiro "embaixador" da cerveja Sagres, uma vez que a marca é patrocinadora da Seleção Nacional de Futebol e de clubes.
"O futebol tem sido um fator determinante da aproximação da nossa cerveja", afirmou.
O mercado chinês tem "um grande potencial", sublinhou.
As exportações de cerveja Sagres para a China começaram em 2016, mas no ano passado assumiram uma "maior escala", sendo que se prevê que em 2018 estas continuem a crescer.
Para este ano, a SCC têm perspetivas positivas, não só porque é ano de Mundial de Futebol na Rússia, como também se associou ao NOS Alive, que "é um grande festival internacional e tem uma componente importante de estrangeiros".
Além disso, "temos bons indicadores económicos", pelo que "estamos confiantes que será um bom ano como o ano passado foi", afirmou.
Tendo a Sagres uma relação umbilical com a Seleção Nacional, cuja 'união' celebra este ano um quarto de século, sendo também patrocinadora de clubes, a Lusa questionou a Central de Cervejas como é que a marca lida com as recentes polémicas que envolvem este setor.
"Nós somos patrocinadores da Seleção Nacional há 25 anos e durante este tempo tivemos bons e maus momentos, mas não deixámos ser patrocinadores da Seleção Nacional e estamos sempre ao lado nos bons e maus momentos", salientou.
"As nossas relações com os clubes e seleção perduram", disse, sublinhando que a Central de Cervejas não comenta casos concretos.
A Sagres foi a primeira patrocinada da Seleção Nacional de Futebol.
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