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China foi o adversário escolhido por Trump. Bolsas mundiais sofrem abalo

O anúncio de que os EUA vão aplicar taxas sobre os produtos importados da China abriu a porta a uma guerra comercial entre as duas principais economias do mundo.

China foi o adversário escolhido por Trump. Bolsas mundiais sofrem abalo
Notícias ao Minuto

09:09 - 23/03/18 por Beatriz Vasconcelos

Economia Comércio

O presidente dos EUA, Donald Trump, deu o ‘tiro de partida’ para uma guerra comercial na quinta-feira, tal como já estava previsto. O adversário escolhido foi a China e apesar de ter excluído a União Europeia (UE) e outros seis aliados as tarifas, as bolsas de Nova Iorque refletiram o receio de uma guerra comercial.

No final de quinta-feira, o índice Dow Jones encerrou a descer 2,9%, refletindo “os receios dos investidores de que as medidas aplicadas pelos EUA possam escalar para uma guerra comercial, com consequências potencialmente terríveis para a economia”, escreve a agência Reuters. O deslize das bolsas propagou-se à Ásia, o principal índice japonês, o Nikkei, fechou a perder 4,5%.

Confrontada com a ameaça, a China não tardou em responder. O Ministério do Comércio chinês instou Washington a negociar uma solução para o conflito e, num outro comunicado, classificou a medida imposta pelos EUA como “protecionista”.

Os responsáveis da Casa Branca anunciaram na quinta-feira que Donald Trump vai anunciar a imposição de tarifas de 50 mil milhões de dólares (cerca de 41 mil milhões de euros) às importações chinesas. Trump também vai impôr limites ao investimento chinês nos Estados Unidos.

Para já, pelo menos, Donald Trump deverá isentar a União Europeia, e outros países aliados, de tarifas sobre o aço e o alumínio. Isto apesar das ameaças que deixou no ar recentemente. Evita-se assim uma guerra comercial entre EUA e a UE, algo que Christine Lagarde, diretora-geral do FMI, já tinha afirmado que não traria nada de bom.

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