De acordo com uma média de 41 previsões compiladas pela agência financeira Bloomberg, a zona euro deverá ter crescido 0,2% entre abril e junho, depois de seis trimestres consecutivos de contração económica.
Na quarta-feira, o Eurostat vai divulgar as estatísticas rápidas do Produto Interno Bruto (PIB) para os países da União Europeia e para os da zona euro relativas ao segundo trimestre do ano, sendo que a maioria das previsões para economia portuguesa apontam para um crescimento do produto entre os 0,3% e os 0,6% nesse período.
Um ano de relativa acalmia nos mercados financeiros, os cortes orçamentais em vários países europeus, incluindo Portugal, e a aceleração do crescimento nos Estados Unidos, a maior economia mundial, ajudaram ao arranque da recuperação económica na área do euro.
No entanto, apesar de as perspetivas terem melhorado, a recessão nos 17 países do euro deixa o desemprego em níveis recorde que, entre os jovens, atinge os 24%.
"O ambiente externo está de facto a melhorar, impulsionado pelos sinais de que a procura nos Estados Unidos está a acelerar", afirmou à Bloomberg Nick Kounis, diretor do gabinete de previsões macroeconómicas do ABN Amro Bank NV, em Amesterdão.
"O segundo trimestre [de 2013] deverá marcar o final da recessão na zona euro, mas a recuperação vai ser dolorosamente lenta. Ainda não estamos a abrir o champanhe", acrescentou o analista.
Nos primeiros três meses deste ano, a economia da zona euro recuou, com o PIB a cair 0,2% em relação aos três meses anteriores.