Meteorologia

  • 23 ABRIL 2024
Tempo
19º
MIN 13º MÁX 24º

Infraestruturas e renováveis entre oportunidades na América Latina

A secretária geral Ibero-Americana, Rebeca Grynspan, elencou hoje as infraestruturas, as energias renováveis, a educação e o turismo como as principais áreas em que as empresas portuguesas e espanholas devem apostar na América Latina.

Infraestruturas e renováveis entre oportunidades na América Latina
Notícias ao Minuto

12:27 - 19/03/18 por Lusa

Economia Empresas

"Nos próximos anos, queremos recuperar a taxa de crescimento e precisamos de imensos investimentos, nomeadamente nas infraestruturas, setor em que queremos duplicar o volume de investimentos", disse Rebeca Grynspan, durante a sua intervenção no I Encontro de Negócios Ibero-Americano, que decorre hoje em Lisboa, organizado pela AIP.

"Queremos quadruplicar o investimento em ciência e Investigação & Desenvolvimento, e também precisamos de ajuda nos setores das energias renováveis, educação e turismo, que são fundamentais para o crescimento económico da região, e esta é uma grande oportunidade para as empresas portuguesas e espanholas", acrescentou a antiga vice-presidente da Costa Rica.

Na intervenção que marcou a abertura do Encontro, Rebeca Grynspan vincou que a América Latina atravessa um momento de "desaceleração económica e não de crise" como a que viveu nos anos 1980.

"Este ano vamos crescer 1%, é o primeiro ano de crescimento desde 2014, mas vivemos um período de desaceleração e não de crise porque a verdade é que a maioria dos países ibero-americanos cresceram, ainda que em menor grau que nos anos anteriores, exceto o Brasil e a Argentina, que tiveram crescimentos negativos mas afetaram a região", vincou a responsável.

As lições, garantiu, foram aprendidas e a América Latina está pronta para "um novo capítulo nas relações comerciais" com Portugal e Espanha: "Aprendemos a gerir melhor a desaceleração do crescimento, não tivemos impacto na dívida nem crises orçamentais, e estamos mais forte na gestão macroeconómica e em termos sociais", disse a secretária geral Ibero-Americana.

Rebeca Grynspan lembrou que a taxa de crescimento destas economias será de 3% no próximo ano, mas vincou que "não é suficiente", defendendo que a região precisa "crescer o dobro para manter os ganhos sociais das décadas passadas", nomeadamente a criação de uma classe média que pela primeira vez é mais numerosa que o número de pessoas em situação de pobreza.

"Pela primeira vez, hoje em dia temos uma classe média mais numerosa que as pessoas que estão por baixo, 34% da população está na classe média, contra 28% que está abaixo da linha da pobreza, mas há um grande número de pessoas que consideramos vulneráveis, que estão entre estes dois estratos" e 70 milhões saíram da pobreza nos últimos 15 anos, disse a responsável.

Onde Portugal pode "ajudar muito" é na melhoria da educação, um setor cuja população universitária duplicou nos últimos 15 anos, mas também na diversificação produtiva e no melhoramento da produtividade da região", concluiu a economista costa-riquenha.

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório