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Altice reage "com surpresa” a acusações do regulador
A ANACOM divulgou esta quinta-feira um relatório que dá conta de que mais de quatro mil continuam sem serviço de telecomunicações devido aos incêndios, sendo que 99% são MEO. Com “surpresa”, é assim que reage a Altice.
© Altice
Economia Telecomunicações
A Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) anunciou, esta quinta-feira, que na sequência das reclamações recebidas e dos contactos que realizou com as populações, com as juntas de freguesia das áreas ardidas e com os operadores de telecomunicações, "foi possível concluir que ainda existem cerca de 4,6 mil clientes sem serviço de telecomunicações restabelecido".
No mesmo relatório lê-se que, "desses clientes sem serviço restabelecido, 99% são clientes da MEO e os restantes são clientes da NOS e Vodafone que tinham o respetivo serviço suportado no operador grossista MEO".
A Atice Portugal reage "com surpresa" à divulgação feita hoje pela ANACOM não só em "relação ao número de clientes afetados pelos incêndios e ainda sem serviço de telecomunicações", mas também pelo facto de o regulador "nunca" o ter feito, ao longo de todo este processo desde a data dos incêndios, "com a regularidade que se exigia".
Reiterando que “foi a única” operadora “que sempre atualizou a informação e a divulgou de forma transparente à opinião pública”, e que estão em “processo de religação (…) apenas 0,3% do total de clientes afetados, estando estas, na sua maioria, servidas por meios alternativos”, Altice reafirma que “tem estado em permanente colaboração com todas as entidades, em todos os momentos, incluindo com a ANACOM”.
Mais, justifica a operadora, “a conclusão do processo de reposição envolve o contacto efetivo com o cliente, a concordância deste e sua disponibilidade, o que só por si motiva atrasos”, além disso a reposição do serviço está também depende “da verificação de condições climatéricas que possibilitem os trabalhos no terreno em segurança, facto este que tem sido constantemente colocado em causa pelas intempéries sentidas nas várias regiões afetadas”.
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