Mercadona prevê nove aberturas em Portugal... mas afasta Lisboa
O presidente da cadeia de supermercados espanhola Mercadona disse hoje "não acreditar em centralismos", escusando, para já, uma aposta na capital portuguesa, Lisboa, e prevendo um total de nove aberturas na região do Porto, quatro em 2019.
© Reuters
Economia Mercadona
"Porquê o Porto? Porque não acredito em centralismo. Começamos pelo Porto, que é uma grande cidade, e depois vamos descer [no território do país]", disse Juan Roig, que falava na conferência de imprensa da apresentação resultados de 2017, em Valência, Espanha.
Contudo, "não iremos para Lisboa", ressalvou o responsável, vincando que a empresa está "muito feliz" por apostar na região do Porto.
Para o primeiro semestre de 2019 está prevista a abertura das lojas de Gaia, Maia, Gondomar e Matosinhos.
Seguem-se, depois, outras cinco lojas no norte do país, ainda sem data: Porto, Braga, Penafiel, Barcelos e uma segunda loja em Gaia.
"Não queremos pôr uma bandeira no Porto, queremos expandir-nos em Portugal", apontou.
Questionado sobre uma possível abertura aos domingos, dia em que os supermercados fecham em Espanha, mas que é forte em vendas em Portugal, Juan Roig referiu que esta é "uma das grandes discussões" que a empresa está a ter, tendo em conta as novas lojas portuguesas.
"Eu não gostaria de abrir, mas estamos a falar", acrescentou.
Já quanto à introdução no mercado português, considerou ser "um mercado maduro", mas realçou que "todos os mercados" o são.
"Há é uma nova forma de fazer as coisas", segundo o presidente da companhia.
Falando num "sistema distinto" da Mercadona face ao que existe em Espanha, Juan Roig recusou que a cadeia seja apenas "uma distribuidora de produtos" em Portugal.
Por isso, está a reunir-se com fornecedores e com potenciais clientes portugueses.
Acresce que "50% dos produtos que vamos vender em Portugal são diferentes dos que vendemos em Espanha", indicou, exemplificando que os portugueses preferem sabores tropicais como o do ananás.
Salientando que a Mercadona "está cada vez mais perto de Portugal", disse que, em 2017, a empresa já criou a sociedade no país (a Irmãdona), abriu um Centro de Coinovação em Matosinhos, recrutou 120 pessoas para cargos de direção e abriu concursos para 200 colaboradores para as lojas, tendo ainda assinado um contrato para instalar uma plataforma logística na Póvoa de Varzim.
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