China quer trabalhar para internacionalizar moeda
O Banco do Povo Chinês (banco central) afirmou hoje que a China quer colaborar com os principais mercados de capitais do mundo, visando a internacionalização da sua moeda, o renminbi.
© Reuters
Economia Câmbio
A China quer dar "novos usos" ao renminbi, afirmou ainda o governador do banco central chinês, Zhou Xiaochuan, numa conferência de imprensa à margem da sessão anual do legislativo chinês.
A internacionalização do renminbi é uma prioridade para Pequim, que quer contrariar a hegemonia do dólar norte-americano e negociar na sua moeda recursos como petróleo e ferro, dos quais é o maior mercado mundial, e facilitar os investimentos chineses além-fronteiras.
Em 2016, o renminbi aderiu formalmente ao cabaz de moedas do Fundo Monetário Internacional (FMI), um instrumento criado pela instituição com a finalidade de permitir liquidez aos países membros.
Portugal poderá em breve tornar-se o primeiro país da zona do euro a emitir títulos denominados na moeda chinesa.
Zhou, que ocupa o mesmo cargo há 16 anos e deverá retirar-se nos próximos dias, disse ainda que a economia do país dependerá menos das injeções monetárias do banco central, no futuro, mas que isso não implica uma redução da liquidez disponível.
O responsável afirmou ainda que a instituição trabalhará no sentido de abrir a economia.
"Permitiremos que instituições financeiras estrangeiras se estabeleçam na China e que as instituições chinesas se convertam em instituições internacionais", disse.
O governador do banco central chinês garantiu ainda que foi alcançada uma estabilização no ritmo de crescimento da dívida do país e destacou o trabalho das autoridades para acabar com sistemas de financiamento ilegais, que funcionam à margem da regulação bancária.
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