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Sindicato dos tripulantes garante que greve da Ryanair na Páscoa avança

O sindicato dos tripulantes garantiu hoje que vai manter a greve da Ryanair para os dias 29 de março, 01 e 04 de abril e critica a transportadora aérea por "querer escolher os jogadores da equipa contrária"

Sindicato dos tripulantes garante que greve da Ryanair na Páscoa avança
Notícias ao Minuto

16:56 - 07/03/18 por Lusa

Economia Aviação

Fernando Gandra, diretor do Sindicato Nacional Do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), explicou à Lusa, recorrendo a uma metáfora, que não se pode "permitir que seja a equipa adversária a selecionar os jogadores que vão jogar contra ele", referindo-se ao facto de a Ryanair ter insistido que "fala apenas com gente que trabalhe diretamente para a empresa" ou com negociadores profissionais, que são funcionários a tempo inteiro do sindicato, e cuja a "figura que não é usada em Portugal, onde quem negoceia é a direção".

Segundo o dirigente sindical, a Ryanair quer fazer aplicar em Portugal a lei do Reino Unido e da Irlanda sobre o "reconhecimento das empresas aos sindicatos, ou seja há um reconhecimento formal antes de se iniciar qualquer tipo de negociação", mas "em Portugal isso não existe".

"[Em Portugal] é ilegal qualquer tipo de tentativa de ingerência por parte das empresas do ponto de vista financeiro, religioso, político ou inclusive qualquer coação ou pressão para tentar ingerir no modo de funcionamento dos sindicatos", acrescentou.

O sindicalista sublinhou que "a greve é para avançar e está nas mãos da empresa travá-la" e sem custos alguns.

"A empresa tem que fazer três coisas bastantes simples: a primeira é remover todas as cláusulas que violam o direito português dos contratos dos trabalhadores em Portugal e a segunda questão é assumir um compromisso cabal com o sindicato e os tripulantes de cabine em Portugal que irá pôr um fim imediato a processos disciplinares" por faltas justificadas por doença e ameaças de transferência de base por incumprimento de objetivos de vendas.

O SNPVAC quer ainda que a Ryanair aceite recebê-lo "respeitando na integra a legislação portuguesa" e resumiu que os três pedidos exigem apenas "uma mudança de atitude".

Em 21 de fevereiro, o presidente executivo da Ryanair, Michael O'Leary, afirmou acreditar que a greve dos tripulantes de cabine na Páscoa "não avança" por os profissionais estarem "satisfeitos", criticando a atuação do SNPVAC, que marcou a paralisação.

Falando à agência Lusa, o responsável disse que a companhia ainda não foi "notificada sobre qualquer greve".

"Tudo o que temos é um comunicado de imprensa resultante de uma assembleia-geral [do SNPVAC] de tripulantes de voo, maioritariamente da TAP", indicou.

Falando sobre as acusações feitas, de que a companhia aérea de baixo custo não cumpre a legislação laboral portuguesa e tem vindo a deteriorar as condições de trabalho nos últimos anos, Michael O'Leary vincou que "as condições até têm vindo a melhorar".

"Os nossos tripulantes de voo estão a ter direito a folgas no final de cada semana e a aumentos nos salários que resultam em mais 25 a 45 euros por ano", destacou, referindo que estes acréscimos são de quase 20%.

Michael O'Leary rejeitou as acusações de pressões aos trabalhadores da empresa, instando a que, "se existem provas de 'bullying', se apresentem casos", e criticou também o facto de o SNPVAC ter recentemente recusado reunir-se em Dublin, na Irlanda, onde fica a sede da empresa.

Ainda assim, o responsável admitiu que, "se a greve for avante, haverá voos cancelados".

"Se avançarem, precisamos que nos digam qual é o problema e o que poderá ser feito. Venham reunir-se connosco em Dublin", vincou.

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