Sindicato diz que adesão à greve nas lojas da EDP é "quase total"
A adesão dos trabalhadores das lojas da EDP à greve de 24 horas marcada para hoje é "quase total", estando apenas duas lojas abertas ao público, indicou o Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (SINDEL).
© Reuters
Economia Empresas
"A adesão é quase total e apenas estão abertas ao público duas lojas [da EDP] a nível nacional", refere em comunicado o SINDEL, afeto à UGT.
Fonte oficial da EDP disse, entretanto, à Lusa que "existe um conjunto de lojas em território nacional que estão abertas e a funcionar com total normalidade" e que para salvaguardar o regular atendimento aos clientes, a EDP "reforçou preventivamente os canais alternativos de contacto".
"Não se registou até ao momento qualquer circunstância anormal", disse a mesma fonte, lembrando que "foi disponibilizada informação adicional aos clientes sobre os canais alternativos de contacto com a EDP (presenciais, telefónico e online), que estão a assegurar a regularidade no atendimento, sem registo de impactos até ao momento".
Hoje, cerca de 30 trabalhadores das lojas da EDP concentraram-se junto à loja no Marquês de Pombal, em Lisboa, onde entregaram à população folhetos dando a conhecer a sua situação e as suas reivindicações, tendo decorrido no Porto uma ação idêntica.
Em declarações à agência Lusa, a dirigente do SINDEL Rosa Fernandes, que participou na concentração em Lisboa, explicou à Lusa que "a EDP tem vários prestadores de serviços a operar a nível nacional nas diversas lojas e que há um caderno de encargos onde estão previstas algumas condições, nomeadamente, aumentos salariais, mas que não há resposta por parte" da empresa, pelo que os trabalhadores decidiram avançar para a greve.
"Os trabalhadores estão [também] com situações salariais desiguais a nível nacional dependendo do prestador de serviços ao qual estão entregues, o que "não é justo, pois executam os mesmos trabalhos", salientou a dirigente sindical.
Rosa Fernandes disse igualmente que os trabalhadores das lojas da EDP queixam-se da insegurança vivida nas mesmas e no transporte de valores, pelo que "há que resolver estes problemas", lembrando que são eles que "todos os dias dão a cara e vestem a camisola da EDP".
O SINDEL diz que quer que "a EDP olhe para estes trabalhadores, não os descarte, porque eles estão na terra de ninguém. Para umas coisas são trabalhadores da EDP e para outras coisas são trabalhadores do prestador de serviços".
"Não pode ser, porque eles trabalham a uma só voz e têm objetivos muito concretos definidos pela EDP em termos de qualidade de serviços. Se eles cumprem, a empresa pela qual dão a cara todos os dias também deve olhar para eles", advertiu a dirigente sindical.
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