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Jerónimo Martins paga 107 milhões de euros em prémios aos trabalhadores

O presidente e administrador-delegado da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, disse hoje que no ano passado o grupo atribuiu "em prémios a todos os seus colaboradores mais de 107 milhões de euros".

Jerónimo Martins paga 107 milhões de euros em prémios aos trabalhadores
Notícias ao Minuto

17:40 - 01/03/18 por Lusa

Economia Notícias

"O grupo atribuiu no ano passado em prémios a todos os seus colaboradores mais de 107 milhões de euros, partilhou parte dos seus lucros com os seus trabalhadores", afirmou Pedro Soares dos Santos, na conferência de imprensa dos resultados anuais, em Lisboa.

Além disso, promoveu mais de 8.700 pessoas nas lojas, nos centros de distribuição e nas estruturas centrais. "Portanto, quem entra para o grupo tem carreira, pode ter permanentemente uma carreira de crescimento", continuou o gestor.

No caso particular de Portugal, salientou, a Jerónimo Martins tem "programas de inclusão no mercado de trabalho de grupos de pessoas muito vulneráveis, migrantes, portadores de deficiência e refugiados", acrescentando que a empresa está atualmente "a tratar de ver" como pode "desenvolver esta área e a criar equipas especiais que possam acompanhar estes programas".

O "acerto da nova remuneração salarial que se fez", em outubro passado vai custar aos lucros do Pingo Doce, nos próximos dois anos, 34 milhões de euros, afirmou gestor, que considerou que este foi um aumento que "era justo".

O responsável disse que "80% das pessoas" foram alvo desse aumento, salientando que tal é atribuído por mérito.

Pedro Soares dos Santos disse ainda que o Pingo Doce "paga acima do salário mínimo".

Questionado sobre o aumento do salário mínimo, Pedro Soares dos Santos afirmou que desde que este "seja acompanhado por criação de valor e seja possível fazer um bom aumento da produtividade" não vê "nisso um drama".

Relativamente às contas de 2017, destacou que "como vem sendo hábito nos últimos anos o ter caixa e balanços fortes voltou a ser muito importante [...] e isso tem sido uma gestão dos últimos anos".

"Terminámos com uma posição líquida muito forte e segura, o que nos permite olhar para a frente com maior segurança e os lucros atingiram 385 milhões, mas aqui eu chamo a atenção que isso só representa 2,4% das vendas. Muitas vezes as pessoas tendem a olhar para estes processos como um lucro grande. É grande, mas para o volume de vendas é só 2,4%", sublinhou.

Pedro Soares dos Santos disse ainda que a situação de caixa da empresa permite a remuneração dos seus acionistas, como também dos seus trabalhadores.

Sobre as promoções, Pedro Soares dos Santos disse que estas "valem já 44% das vendas", sendo que até final do ano espera que estas possam aumentar o peso para 50%.

"Foi a estratégia escolhida, é a estratégia que está a ser assente e é esta estratégia que está a ser puxada", disse.

Na área agroalimentar, a Jerónimo Martins realizou no ano passado um investimento de 40 milhões de euros.

"No Cartaxo já temos uma herdade nova para a qual vamos produzir 8.000 cabeças de gado, em Barcelos já está na sua capacidade máxima e comprámos uma herdade de 1.100 hectares no Alentejo e que agora está a começar a desenvolver-se, além de ter uma produção de leite de 30 mil litros diários, também vai ter aproximadamente 10.000 animais por ano de produção para bife Angus", prosseguiu o gestor.

"Os investimentos que tínhamos a fazer nesta área já os fizemos, vamos agora desenvolvê-los", disse.

Na aquacultura, afirmou, "já temos produção de dourada, vamos duplicar a capacidade, vamos ver o que conseguimos fazer na Madeira. Em Sines, já temos a nossa capacidade máxima e já estão à venda os primeiros robalos produzidos por nós", agora "temos de encontrar soluções para continuar a aumentar a produção".

"Vamos ter de encontrar novos locais para poder aumentar a produção, porque a aceitação tem sido muito boa e vamos também começar este ano uma experiência de salmão. Espero que este ano, o mais tardar o ano que vem" criar "salmão na costa portuguesa, mais ou menos na costa de Aveiro, com uma empresa norueguesa", anunciou, salientando tratar-se ainda de uma experiência.

Sobre a nova fábrica de leite em Portugal, disse que depois de quase um ano para licenciar, vai avançar, sendo que está a decorrer a construção.

"A capacidade em relação à atual vai triplicar e vai ser muito focada na produção de leite, natas e manteiga. A partir de maio começa o seu período experimental e espero que para setembro/outubro esteja em pleno da sua capacidade porque faz falta ao grupo Jerónimo Martins", sublinhou.

Questionado sobre as expectativas relativas a este ano, o presidente afirmou: "Espero que em 2018 sejamos capazes de superar 2017, eu espero, mas o tempo o dirá, não prevejo que seja um ano fácil, principalmente porque há uma alteração na Polónia que pode ter algum impacto, mas estamos preparados para que não haja".

Na Polónia está previsto o encerramento das lojas ao domingo.

Para Pedro Soares dos Santos, o domingo não era um dia importante em termos de vendas da Biedronka e a Jerónimo Martins vai "tomar medidas de reajuste de horários de trabalho para compensar".

Sobre a entrada da Mercadona em Portugal e a eventual da Amazon, Pedro Soares dos Santos manifestou-se otimista.

"Vejo essas mudanças sempre como sinal vitalidade, se alguém quer vir é porque acredita neste mercado" pelo que "só temos de continuar a ser melhor do que eles", sublinhou.

Relativamente ao aumento da derrama estadual, o gestor admitiu que tal vai ter impacto na empresa e que será necessário fazer um reajuste.

No entanto, "sendo igual para todos, para mim não é um problema", concluiu.

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