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Intermarché processa a Prio por acusações de "concorrência desleal"

O Intermarché anunciou hoje que vai "agir judicialmente" contra a Prio e o seu presidente, Pedro Morais Leitão, que esta semana acusou o grupo de supermercados de "concorrência desleal nos combustíveis".

Intermarché processa a Prio por acusações de "concorrência desleal"
Notícias ao Minuto

15:40 - 28/02/18 por Lusa

Economia Combustíveis

"No seguimento das acusações infundadas da Prio sobre a venda de combustível ilegal por parte do Intermarché, o Conselho de Administração da insígnia deliberou que vai agir judicialmente contra a Prio, empresa detida pela Oxy Capital, e contra o seu presidente, tomando todas as medidas necessárias para a salvaguarda dos seus direitos e interesses", refere o grupo em comunicado.

Na nota, divulgada após uma reunião, esta manhã, do Conselho de Administração do grupo de supermercados, o Intermarché "reitera que todo o combustível adquirido pela sua central de compras é fornecido pela Galp e Repsol".

Em causa estão afirmações do presidente da Prio, Pedro Morais Leitão, que em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1 referiu a existência de "concorrência desleal do Intermarché nos combustíveis", acusando a rede de postos de abastecimento do grupo de comprar combustível a empresas que estão a ser investigadas por importações ilegais de gasóleo e de "ignorar" que se trata de "contrabando".

Em declarações à agência Lusa, na segunda-feira, o administrador do Intermarché João Magalhães afirmou-se "indignado" com estas declarações e assegurou que a central de compras do grupo -- a Alcapetro -- tem como "fornecedores exclusivos" a Galp e a Repsol.

Contudo, em declarações, nesse mesmo dia, ao Jornal de Negócios, o mesmo administrador admitiu que os 180 postos do Intermarché podem comprar combustível a quem quiserem, não estando limitados à sua central de compras.

"O nosso modelo de negócio permite alguma amplitude de movimentos ao aderente. Não há uma obrigatoriedade. Essa liberdade existe", afirmou João Magalhães.

"Penso que em grande número as compras são feitas à nossa central Alcapetro, podendo haver compras fora, mas não serão significativas", acrescentou.

À Lusa, o administrador salientou que "o princípio dos Mosqueteiros assenta nos preços baixos e lucro moderado", assegurando que "a tentativa de associar os preços baixos" que pratica "a uma menor qualidade ou, eventualmente, à prática de compra de produtos que fogem aos impostos é completamente despropositada e desprovida de fundamento".

Relativamente ao processo judicial em curso em que o Estado português acusa cinco empresas que importam gasóleo de Espanha sem ser declarado, exigindo 48 milhões de euros em compensações pela "falta reiterada de pagamento", o administrador diz estar "perfeitamente à vontade porque nem a Galp, nem a Repsol fazem parte dessa listagem".

Na sua opinião, as declarações do presidente da Prio pretenderam apenas "denegrir a imagem" do Intermarché, atentando contra "o bom nome, prestígio e credibilidade" de um "concorrente direto", numa "atitude censurável e de concorrência desleal".

Em causa estão importadores que compram gasóleo em Espanha - com impostos e taxa de incorporação de biocombustíveis mais baixos do que os praticados em Portugal - como se fossem para ser vendidos no mercado espanhol, mas que acabam por ser transportados, por via terrestre, para Portugal, o que se traduzirá em 12 milhões de euros a menos em impostos e 36 milhões de euros na incorporação de biocombustíveis em três anos.

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