Acionistas da SDC Investimentos votam hoje saída da empresa de bolsa
Os acionistas da SDC - Investimentos, que detém um terço da Soares da Costa Construções, votam hoje em assembleia-geral extraordinária a perda de qualidade de sociedade aberta e consequente saída da empresa de bolsa.
© Reuters
Economia Mercado
A reunião magna -- que irá decorrer num hotel em Lisboa - foi convocada a pedido dos acionistas Investéder e Oceanlotus, que detêm atualmente em conjunto 343.197.423 ações representativas de 90,315% do capital social da SDC Investimentos.
No âmbito do pedido de perda de qualidade de sociedade aberta que será hoje discutido, os maiores acionistas da SDC -Investimentos propõem-se pagar uma contrapartida de 7,12 cêntimos por ação para tirar a empresa de bolsa, um valor "equivalente ao preço médio ponderado das ações da sociedade no mercado Euronext durante o período de seis meses anterior à data da convocatória" da assembleia-geral.
A intenção de retirar a empresa de bolsa tinha já sido admitida pela Investéder, criada por António Castro Henriques e Gonçalo Andrade Santos, ambos administradores da SDC - Investimentos, depois de a 'holding' ter superado, em janeiro, a fasquia dos 90% no capital da SDC.
Este reforço foi conseguido após a concretização de um aumento de capital através da emissão de 220.000.000 novas ações ordinárias nominativas e sem valor nominal, na sequência do qual a Investéder passou a deter uma participação qualificada direta de 90,289% dos direitos de voto na SDC - Investimentos, correspondente a 343.097.423 ações.
Antes desta operação, a Investéder controlava 77% da SDC - Investimentos, posição que tinha conseguido através de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada no ano passado a 2,7 cêntimos e também por via de aquisições em bolsa.
Na justificação para o pedido de perda de qualidade de sociedade aberta, os maiores acionistas da SDC sustentam que "se verifica uma elevada concentração do capital da sociedade na esfera da Investéder -- Investimentos e da Oceanlotus", recordando que "há muito que se encontra divulgado o objetivo da Investéder -- Investimentos, enquanto acionista maioritário, promover a perda, por esta sociedade [SDC], da sua qualidade de sociedade aberta".
Segundo referem, a aprovação deste mecanismo tem agora "caráter urgente, tendo em conta o objetivo, também há muito anunciado, de a Investéder vir também a recorrer ao mecanismo de aquisição potestativa previsto no artigo 490.º do Código das Sociedades Comerciais e os prazos relativamente curtos em que tal recurso é legalmente viável".
Através deste mecanismo de aquisição potestativa a SDC poderá depois vir a sair de bolsa.
No ponto três da ordem de trabalhos da assembleia-geral é proposto que seja "atribuído ao Conselho de Administração mandato para praticar os atos e satisfazer as formalidades que se mostrem necessárias à concretização, em termos válidos e plenamente eficazes, das deliberações a que se refere o considerando, incluindo a alteração estatutária".
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