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Reforma da PAC exige posição do Governo em defesa do interesse nacional

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) defendeu hoje que a próxima revisão da Política Agrícola Comum (PAC) exige do Governo "um claro e firme posicionamento" favorável ao interesse nacional.

Reforma da PAC exige posição do Governo em defesa do interesse nacional
Notícias ao Minuto

17:33 - 26/02/18 por Lusa

Economia CNA

"O aproximar de mais uma reforma da PAC e a sua possível renacionalização, aliados ao também anunciado corte orçamental da União Europeia (UE) e da PAC, mais não fará do que aprofundar o fosso entre os países ricos, com as grandes produções estratégicas, e os países mais débeis", alertou Alfredo Campos, da direção da CNA.

O dirigente intervinha numa conferência de imprensa, em Coimbra, para assinalar o 40.º aniversário da organização, fundada em 26 de fevereiro de 1978, e apresentar os assuntos em debate no oitavo Congresso da CNA e da Agricultura Familiar Portuguesa, que decorrerá em Coimbra, no dia 15 de abril.

A reforma da PAC e a "proliferação de tratados" internacionais "prenunciam um futuro negro para a agricultura familiar e a alimentação e exigem do Governo um claro e firme posicionamento político em defesa do interesse nacional", disse Alfredo Campos.

"Apesar das profundas alterações, das dinâmicas destrutivas provocadas pela imposição da PAC e de outros acordos internacionais, podemos hoje dizer que bem melhor estaríamos se a CNA e os agricultores tivessem sido ouvidos e respeitados pelos sucessivos governos, tantas e tão frequentes têm sido as nossas iniciativas nesse sentido", desde 1978, salientou.

Quarenta anos depois, a CNA continua empenhada na realização de "grandes objetivos", como a defesa da agricultura familiar e do mundo rural português, o aumento dos rendimentos dos agricultores, o reforço da produção nacional "em bens agroalimentares para assegurar a soberania alimentar de Portugal no contexto das políticas agrícolas e de mercados", uma "alimentação saudável e acessível e de proximidade" e um Estatuto da Agricultura Familiar Portuguesa "que consagre institucionalmente direitos, prioridades e compensações".

Sob o lema "Soberania alimentar, com a agricultura familiar", o 8.º Congresso, no dia 15 de abril, contará com 1.000 participantes nacionais e alguns estrangeiros, estando convidados representantes dos grupos parlamentares e da Comissão de Agricultura da Assembleia da República, bem como o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, o primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Este congresso realiza-se no Convento de São Francisco, em Coimbra, "em condições particularmente difíceis e adversas para a produção e para a agricultura familiar", devido aos incêndios florestais de 2017, em particular na região Centro, "tardando já a tomada de medidas políticas e económicas para que o mundo rural não fique ainda mais deserto", lamentou Alfredo Campos.

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