Quarta e última avaliação do resgate financeiro à Grécia começa em Atenas
Os chefes das delegações das instituições credoras da Grécia chegaram hoje a Atenas para a última e quarta avaliação do programa de assistência financeira que deve determinar as condições para o fim do resgate, em agosto.
© Reuters
Economia Assistência
A primeira ronda de encontros com o governo grego vai reunir os representantes da Comissão Europeia, Banco Central Europeu, Mecanismo Europeu de Estabilidade e o Fundo Monetário Internacional.
Os temas principais são as reformas do setor energético, as privatizações, a elaboração de orçamentos e os processos relativos aos créditos de habitação.
Mesmo assim, a quarta avaliação incluiu uma lista de 88 requisitos prévios que são necessários para a obtenção da última tranche do resgate -- de 18.400 milhões de euros -- a que se somam os 6.700 milhões de euros, referentes ainda à terceira tranche e que se encontram pendentes.
A quarta avaliação vai determinar se a Grécia está em condições de voltar a procurar financiamento nos mercados a partir do próximo mês de setembro ou se vai ser aplicada uma linha de crédito preventiva promovida pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade.
O governo grego optou por defender a criação de uma almofada financeira capaz de alcançar uma "saída limpa" tratando-se de uma posição coincidente com a dos governos dos países da Zona Euro que, em caso de aplicação de uma linha de crédito preventiva, ficariam dependentes da aprovação dos respetivos parlamentos nacionais.
Ao contrário, o BCE e o Banco da Grécia já anunciaram que preferem a linha de crédito preventiva, o que já provocou sérias discussões entre o Executivo de Atenas e Mario Draghi, nas últimas reuniões do Euro Grupo.
Mário Centeno, presidente do Euro Grupo, na semana passada no Parlamento Europeu disse que a "chave para uma saída limpa" depende da apresentação por parte da Grécia de um programa de reformas a aplicar após o resgate.
O governo grego comprometeu-se a apresentar um plano em meados de abril.
Entre os pontos mais sensíveis desta última avaliação encontra-se um novo ajuste nas pensões que deve entrar em vigor em 2019 e que na prática vai traduzir-se em novos cortes para os trabalhadores reformados.
Os representantes devem permanecer em Atenas durante os próximos dias prevendo-se uma nova ronda de encontros depois da Páscoa.
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