A empresa teve um volume de negócios de 52.008 milhões, menos 0,1% do que em 2016, devido ao impacto das divisas, pois em termos orgânicos (excluindo taxas de câmbio e mudanças no perímetro de consolidação) houve um aumento de 3,4%, enquanto o resultado operacional bruto aumentou 7,1% para 16,187 milhões.

A Telefónica anunciou ainda os seus objetivos para 2018, que representam um aumento das receitas de cerca de 1% em relação a 2017, apesar do impacto negativo da regulamentação, que é de aproximadamente 0,9 pontos percentuais, segundo a comunicação feita pela multinacional à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV).

A companhia também anunciou os dividendos para 2018, que consistem em 0,40 euros por ação em dinheiro, a pagar em dezembro deste ano (0,20 euros por ação) e em junho de 2019 (0,20 euros por ação).

A dívida financeira líquida em dezembro de 2017 (44.230 milhões de euros) diminuiu 2.992 milhões de euros em relação a setembro de 2017, principalmente devido à geração de caixa livre (1.721 milhões), ao encerramento da venda de 40% da Telxius (1.275 milhões) , à emissão de instrumentos de capital (915 milhões) e ao menor valor em euros da dívida líquida em moeda estrangeira (125 milhões), entre outros fatores.

Em comparação com dezembro de 2016, a redução foi de 4,3 milhões, sobretudo devido à geração de caixa livre (4.947 milhões), ao encerramento da venda de 40% da Telxius e ao menor valor em euros da dívida líquida em moeda estrangeira (639 milhões).

Estes fatores são parcialmente compensados pela remuneração dos acionistas, pelo pagamento de compromissos de ordem laboral e pelo prolongamento das condições de pagamento a fornecedores, entre outros fatores.

Em comunicado, o presidente da Telefónica, José María Álvarez-Pallete, destacou que, em 2017, foram obtidos "resultados sólidos" e "os objetivos estabelecidos para o ano foram cumpridos".

Nos mercados, as receitas aumentaram apenas no Brasil, em 8,4%, enquanto caíram nos restantes locais: 1,3% em Espanha, 2,8% na Alemanha, 4,7% no Reino Unido e 0,2% na América Latina.

A Telefónica fechou 2017 com um total de 343,5 milhões de linhas, menos 1,9%, com uma diminuição nos clientes de serviço fixo e móvel e aumentos nos clientes de fibra.

Os investimentos no ano passado totalizaram 8,697 milhões de euros, uma redução de 2,6%, com foco nas redes de nova geração e na digitalização da empresa.

No final do ano, a Telefónica contava com 44,4 milhões de casas servidas pela sua rede de fibra/cabo (mais 13%) e uma cobertura LTE (Long Term Evolution) de 72% (mais 10,5 pontos percentuais).