O que conseguiram os trabalhadores da Autoeuropa?
Comissão de trabalhadores e administração da fábrica de Palmela chegaram a um acordo, na quarta-feira, que prevê aumentos salariais na ordem dos 3,2%. Mas há mais. Afinal, de que valeram estes meses de negociações?
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Economia Empresas
A Comissão de Trabalhadores (CT) e a administração da Autoeuropa chegaram a acordo, na quarta-feira, para um aumento salarial de 3,2% com retroativos a 1 de outubro do ano passado, de acordo com um comunicado divulgado pela estrutura que representa os trabalhadores e ao qual a agência Lusa teve acesso.
Para lá das negociações salariais, a CT garantiu também a passagem de 250 contratos a termo para contratos efetivos, bem como a “garantia do emprego durante a vigência do acordo”. A proposta de acordo será agora levada a plenário de trabalhadores, agendado para a próxima terça-feira, uma vez que terá que ser aceite pelos funcionários da empresa.
O aumento de 3,2% aplicado aos salários implica um mínimo de 25 euros, para aqueles trabalhadores que, com mais 3,2%, fiquem aquém desse valor. Para além deste aumento, foi acordado também um prémio no valor de “100 euros ou 200 euros em abril de 2018 conforme a antiguidade” do trabalhador, refere a agência Lusa, citando o comunicado da comissão liderada por Fernando Gonçalves.
O acordo melhora as condições das mulheres grávidas, que podem optar por horário fixo e durante a gestação receber mensalmente um subsídio equivalente a 10% do salário base, explicou à Lusa José Carlos Silva, da CT. Haverá ainda o pagamento de seis bolsas de estudo para filhos de trabalhadores que estejam no ensino superior
As negociações e o impasse na Autoeuropa já duram há vários meses, depois da saída da antiga CT - no final do verão passado - por não ter conseguido chegar a um pré-acordo relativamente aos horários de trabalho e salários que agradassem aos funcionários da fábrica de Palmela. O atraso das negociações leva a que a o aumento tenha retroativos até outubro. Este novo acordo tem vigência entre 1 de outubro de 2017 e 31 de dezembro de 2018.
A Autoeuropa deverá atingir este ano uma produção de 240.000 automóveis, a grande maioria do novo modelo T-Roc, veículo que o grupo alemão Volkswagen pretende construir apenas na fábrica de automóveis de Palmela e que está a ter boa aceitação no mercado. Porém, foram os novos horários para a produção do T-Roc levou a um ambiente de conflitualidade laboral na Autoeropa.
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