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De Guindos "reúne todas as condições" para trabalho independente no BCE

O Governo português saudou hoje a escolha do ministro da Economia espanhol para suceder a Vítor Constâncio na vice-presidência do Banco Central Europeu, considerando que Luis de Guindos "reúne todas as condições para desempenhar essa função com total independência".

De Guindos "reúne todas as condições" para trabalho independente no BCE
Notícias ao Minuto

20:39 - 19/02/18 por Lusa

Economia Mourinho Félix

O secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, que representa Portugal nas reuniões dos ministros das Finanças da zona euro desde que Mário Centeno é presidente do Eurogrupo, comentou no final do encontro de hoje em Bruxelas que Luis de Guindos tem "boas credencias para ser um ótimo vice-presidente do BCE" e refutou a ideia do perigo de uma "politização" da instituição por ter sido escolhido um ministro das Finanças e não um governador de banco central.

"Não, não compreendo (as críticas), porque um banqueiro central é um decisor central, decide sobre política monetária, que também é uma política e uma política bastante importante. É uma política que os países que decidiram entrar na área do euro decidiram nessa altura entregar ao BCE, e portanto acho que é fundamental que à frente do BCE tenhamos decisores políticos experimentados, que estão habituados a decidir em situações de stresse, em situações de pressão, e portanto acho que Luis de Guindos reúne todas as condições para desempenhar essa função com total independência. Não me parece que exista aqui qualquer questão a esse nível", declarou.

O secretário de Estado recordou que "o Governo português considerou que De Guindos reunia as condições para ter o apoio de Portugal", lembrando a sua "experiência bastante grande", em particular os seis anos enquanto ministro da Economia espanhol, período durante o qual enfrentou uma crise grave, da qual o país saiu com um crescimento robusto.

Mourinho Félix rejeitou por isso que o apoio de Portugal tenha sido uma "moeda de troca" por Espanha ter apoiado Mário Centeno para a presidência do Eurogrupo.

"Não há nenhuma moeda de troca. Mas Portugal e Espanha têm relações históricas. Não é deste Governo nem do atual Governo espanhol, é de muitos governos de há muitos anos e portanto é algo que também surge como natural. Mas não há aqui nenhuma moeda de troca por coisa nenhuma", assegurou.

O fórum de ministros das Finanças da zona euro, hoje reunido em Bruxelas, apoiou por unanimidade a designação do ministro espanhol Luis de Guindos para suceder a Vítor Constâncio na vice-presidência do Banco Central Europeu, depois de a Irlanda ter retirado, já hoje, a candidatura do governador do banco central irlandês, Philip Lane.

Depois da "luz verde" de hoje do Eurogrupo, presidido por Mário Centeno, o Conselho de ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) deverá adotar formalmente na terça-feira a recomendação para o Conselho Europeu, composto pelos chefes de Estado e de Governo da UE, que consultará então o Parlamento Europeu e o Conselho de Governadores do BCE, devendo adotar a sua decisão final na cimeira de 22 e 23 de março.

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