"É preocupante que as importações sejam maiores do que as exportações"
No seu espaço de comentário semanal na SIC, Miguel Sousa Tavares elogiou os empresários portugueses pelo seu contributo para as exportações nacionais. No entanto, não deixou de alertar para o facto de as importações ainda serem muito elevadas.
© Global Imagens
Economia Miguel Sousa Tavares
Depois de o Presidente da República ter elogiado os números das importações e das exportações, apesar de reconhecer que estas últimas podem ser melhores, Miguel Sousa Tavares realçou o “esforço notável” dos empresários portugueses.
“As exportações representam um notável esforço dos nossos empresários”, começou por dizer o comentador no seu habitual espaço de opinião na SIC. “Para um país pequeno e periférico como Portugal, foi, de facto, um esforço notável, porque obrigou os nossos empresários a virarem-se para fora quando o mercado português colapsou e a bateram a todas as portas”, sublinhou.
No entanto, Sousa Tavares considera que é preciso melhorar a balança comercial, uma vez que o número de importações continua a ser superior ao das exportações.
“Apostar nas exportações, como disse hoje [segunda-feira] o Presidente Marcelo, e apostar que elas vão continuar a crescer indefinidamente é uma aposta que a médio e longo prazo não tem futuro”, alertou, uma vez que “somos um país pequeno que não tem escala em alguns setores”.
“Temos um limite como país exportador. Por isso, é preocupante que as importações tenham crescido mais do que as exportações”, acrescentou.
Nesse sentido, Sousa Tavares sublinhou a importância de Portugal apostar na produção de produtos nacionais que possam fazer diminuir o número das importações. “A longo prazo, aquilo que vai garantir a potencialidade do nosso crescimento económico não é apostar no crescimento contínuo das exportações mas sim na substituição das importações por bens nacionais”, analisou o comentador, deixando ainda uma palavra para o turismo que, nas suas palavras, “é o que salva a balança comercial”.
“O saldo positivo vem do crescimento brutal que o turismo tem tido”, rematou.
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