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E se os EUA se tornarem no maior produtor de petróleo do mundo?

O principal produtor de petróleo é a Arábia Saudita, mas a Agência Internacional de Energia estima que os EUA vão chegar ao primeiro lugar este ano. Quais serão as consequências?

E se os EUA se tornarem no maior produtor de petróleo do mundo?
Notícias ao Minuto

08:00 - 11/02/18 por Beatriz Vasconcelos

Economia Crude

Há muito que os EUA se aproximam da Arábia Saudita, que é o principal produtor de petróleo do mundo. Segundo as mais recentes previsões da Agência Internacional de Energia (AIE), a produção norte-americana deverá exceder este ano a marca dos 10 milhões de barris de petróleo por dia, arrecadando o título de principal produtor.

Nesta senda, a BBC reuniu cinco possíveis consequências se este facto se consumar:

1. Fim do controlo dos preços pela OPEP e Arábia Saudita

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que inclui também a Arábia Saudita, tem limitado a produção de petróleo de forma a controlar os preços. Neste momento, por exemplo, estão em vigor os cortes de produção entre os países que pertencem ao cartel e a Rússia de modo a aumentar os preços e a combater o excesso de oferta.

No entanto, caso a situação se inverta e os EUA ultrapassem a Arábia Saudita, serão os norte-americanos a determinar os preços e a estabilizar o mercado.

2. A Venezuela será ainda mais castigada

No caso de o mercado petrolífero assistir a uma mudança de cenário, os efeitos também serão sentidos na América Latina. O analista De la Cruz, consultado pela BBC, acredita que a ineficiência e as deficiências estruturais do setor petrolífero da Venezuela o vão tornar incapaz de competir com os produtores norte-americanos.

3. O ambiente será ameaçado

Segundo a BBC, há grupos de ambientalistas que estão preocupados uma vez que a política seguida pelo executivo de Donald Trump representa uma ameaça para o meio ambiente. Por outro lado, consideram que o novo cenário irá prolongar a vida dos combustíveis fósseis, como o petróleo, e desencoraje o investimento em energias mais limpas.

4. Mais independência para os EUA no Oriente Médio

Tendo o seu abastecimento garantido, os EUA podem deixar de estar dependentes dos seus focos de exportação no Médio-Oriente. "Tornam-se menos vulneráveis à chantagem, como a da OPEP”, diz o analista De la Cruz.

5. Mais força para os países europeus contra a Rússia

Segundo o analista, caso os EUA liderem a produção, a Europa também será afetada, uma vez que é tradicionalmente mais dependente da energia produzida pela Rússia. Ora, posto isto, a Europa "estará agora em melhor posição de negociação com fornecedores russos, como a empresa de gás Gazprom, uma vez que poderá exercer a vantagem de ter outro potencial fornecedor".

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