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Um dia negro. O que levou ao pânico em Wall Street?

O índice Dow Jones registou a maior queda diária da sua história. Só o dono do Facebook viu a sua fortuna descer 3,6 mil milhões de dólares. Foi um dia negro para as bolsas mundiais e os efeitos ainda se fazem sentir esta terça-feira.

Um dia negro. O que levou ao pânico em Wall Street?
Notícias ao Minuto

09:00 - 06/02/18 por Beatriz Vasconcelos

Economia Mercado

O mercado de ações está a passar por uma maré vermelha, desde o final da semana passada. No entanto, foi na segunda-feira que as quedas se acentuaram e o índice norte-americano Dow Jones registou a maior queda diária da sua história.

O que está na base desta pressão de venda, segundo a Bloomberg, é a crescente preocupação de que a inflação mais elevada forçará à subida das taxas de juro. O mercado está a assumir pelo menos três subidas das taxas de juro pela Reserva Federal dos EUA (Fed) este ano, sendo que o primeiro aumento deverá ser já em março.

“Quando as taxas de juro sobem, normalmente o que acontece é que as condições financeiras apertam, o crédito bancário e os empréstimos começam a abrandar e a economia fica mais exposta a uma desaceleração”, disse Mona Mahajan da Allianz Global Investors, à Reuters.

Propagou-se o sentimento de quedas

Já esta terça-feira, a bolsa de Lisboa e as principais praças europeias abriram em queda, acompanhando a tendência de segunda-feira em Wall Street.

Na Europa, há também alguns fatores geopolíticos a ter em consideração e que levam as ações a cair. Em particular, a negociação de um acordo governativo na Alemanha entre o partido de Angela Merkel e o de Martin Schultz. Já o índice espanhol continua a ser o mais penalizado, devido à incerteza em torno da situação na Catalunha.

Ações tinham valorizado demasiado 

Desde a eleição do presidente dos EUA, Donald Trump, que as ações tinham valorizado fortemente com as esperanças de que a redução de impostos e as despesas em infraestruturas iriam impulsionar a economia. Na segunda-feira, Trump veio reafirmar que “os fundamentos da economia dos EUA são fortes”, de acordo com a Reuters, para tentar 'travar' a descida dos mercados.

Com isto, os investidores acreditam que este movimento se trata de uma correção, depois do forte arranque das ações em 2018.

“Temos um ambiente onde as taxas de juro estão a subir. Temos uma economia mais forte para que a Fed continue a restringir (…) Estão a ocorrer mudanças reais e os diferentes investimentos estão a ajustar-se a isso”, disse Michael O'Rourke, estratega-chefe de mercado da JonesTrading.

Quem mais perdeu?

A fortuna dos 500 mais ricos do mundo caiu 114 mil milhões de dólares só na sessão de ontem, segundo a Bloomberg. Porém, o mais penalizado foi o multimilionário Warren Buffett, dono da Berkshire Hathaway que perdeu 5,1 mil milhões de dólares do seu valor total. Mark Zuckerberg também foi castigado. O dono do Facebook viu a sua empresa desvalorizar 3,6 mil milhões de dólares.

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