Humberto Pedrosa confiante em acordo com tripulantes da TAP
O acionista da TAP Humberto Pedrosa defende uma revisão do Acordo de Empresa (AE) dos tripulantes por considerar o atual "demasiado rígido" e antecipou o regresso do grupo TAP aos lucros.
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Economia Entrevista
Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o empresário, que integra o consórcio Atlantic Gateway que detém 45% da TAP, espera que em 2018 a TAP continue a crescer, mas admite que as greves têm um impacto negativo.
Humberto Pedrosa defende uma revisão do AE porque o atual "é demasiado rígido", sublinhando que acredita num acordo entre a administração e os tripulantes.
"O AE não corresponde à realidade dos dias de hoje e acho que precisa seguramente de ser ajustado", sublinhou o acionista da TAP, acrescentando que não se trata de "retirar benefícios à tripulação", mas sim de "flexibilizar mais os acordos".
Em causa está a revisão do AE dos tripulantes de cabine, que levou o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) a entregar vários pré-avisos de greve - a primeira era no Carnaval - que entretanto foram retirados, o que foi justificado como "um voto de confiança" na nova administração" da TAP, cuja Comissão Executiva é liderada por Antonoaldo Neves.
Sobre os resultados do grupo, Humberto Pedrosa afirmou que a evolução "tem sido muito positiva" e que, apesar de a operação de manutenção no Brasil (ME/Brasil) dar prejuízo, a TAP faturou 3 mil milhões em 2017 e registou uma dívida financeira inferior a 700 milhões de euros.
A ME/Brasil continua a dar prejuízos que, espera Humberto Pedrosa, fiquem abaixo dos 50 milhões de euros. Ainda assim, acrescentou, "o grupo vai ter também resultados positivos", garantiu o empresário.
Humberto Pedrosa revelou que a solução para a ME/Brasil (Manutenção e Engenharia) passava pelo investimento que os chineses da HNA, que integram o consórcio Atlantic Gateway, se preparavam para fazer na TAP, com a criação de uma parceria na área da manutenção, por isso, ficou surpreendido com os problemas de liquidez da empresa chinesa.
"Se não for possível com a HNA, então vamos ter de encontrar outra solução com outro parceiro", admitiu o empresário.
Quanto à escolha de Antonoaldo Neves para presidente executivo da TAP, Humberto Pedrosa considerou que "é um ar fresco que entra na companhia" e adiantou que se tratou de uma primeira escolha de Fernando Pinto que "teria sempre uma palavra a dizer".
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