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Arsenal do Alfeite inicia recrutamento de 42 trabalhadores

A Arsenal do Alfeite S.A iniciou esta semana o processo de recrutamento de 42 novos trabalhadores, que deverão entrar no segundo semestre do ano, disse à Lusa a presidente do conselho de administração, Andreia Ventura.

Arsenal do Alfeite inicia recrutamento de 42 trabalhadores
Notícias ao Minuto

17:53 - 31/01/18 por Lusa

Economia Segundo semestre

A contratação de 42 novos trabalhadores para a Arsenal do Alfeite S.A, empresa de capitais 100% públicos, há muito reclamada, foi autorizada esta semana pelo secretário de Estado da Defesa Nacional, disse.

Em declarações à Lusa, à margem de uma visita dos deputados da comissão parlamentar de Defesa Nacional proposta pelo PSD, Andreia Ventura disse que a empresa procura pessoas "com qualificações, mas sem experiência para rejuvenescer o efetivo", atualmente nos 494 trabalhadores, com uma média de idades de 48 anos.

Depois de ter recrutado 26 trabalhadores em 2016, o Arsenal do Alfeite vai empregar no segundo semestre do ano nove engenheiros, dois técnicos especialistas e 31 operários navais, que passarão por um período de formação de oito meses.

A saída de trabalhadores por atingirem a idade da reforma sem a possibilidade de passagem do "conhecimento especializado" é uma das principais preocupações da comissão de trabalhadores que também foi ouvida hoje pelos deputados da comissão de Defesa Nacional.

O modelo de formação na empresa que faz a manutenção e reparação dos navios da Marinha atualmente tem em construção duas lanchas salva-vidas para o Instituto de Socorros a Náufragos implica que por cada dois novos operários haja um trabalhador com experiência como tutor, explicou Andreia Ventura.

A média de salários dos trabalhadores "será entre 700 a 800 euros", adiantou Andreia Ventura, sublinhando que este recrutamento é essencial para o futuro da Arsenal do Alfeite e que faltam outros investimentos na modernização das capacidades da empresa.

Como exemplo, a presidente do conselho de administração, que terminou o mandato a 31 de dezembro, frisou que foi pedida a 25 de janeiro autorização ao Governo para a transição de saldos próprios da empresa, num montante de oito milhões de euros, para a empresa poder avançar "com investimentos essenciais".

"A Arsenal tem um potencial espantoso, mas é preciso ação" por parte do Governo, advertiu.

A responsável destacou a proposta dos estaleiros da alemã TKMS para que a Arsenal reparasse não apenas os submarinos portugueses, mas também os que fabrica para outros clientes, sendo que a TKMS tem "encomendas para as próximas décadas".

"Não temos dívidas e hoje pagamos a 30 dias e recebemos a 30 dias. A empresa tem hoje um rumo, mas é absolutamente essencial o investimento na modernização da Arsenal para garantir a oportunidade de negócio e o futuro da empresa", acrescentou.

O submarino Arpão, da Marinha, entrará em reparação intermédia em setembro, sendo necessárias obras prévias de dragagem do canal da doca, que atualmente não tem profundidade suficiente.

Andreia Ventura disse que a reparação do submarino Arpão em Portugal foi uma "opção estratégica, de Estado" e que levou 12 profissionais especializados aos estaleiros do fabricante, na Alemanha, para uma formação que terminará em breve.

Contudo, para que a doca seca do Alfeite pudesse acolher o Arpão e ao mesmo tempo continuar a assegurar a reparação dos navios de superfície de Marinha teria sido necessário fazer atempadamente as obras de alargamento da doca.

No entanto, a tutela não avançou com as autorizações necessárias e a obra ficou adiada, sendo certo que durante o período em que o Arpão estiver em reparação -- 15 meses -- a Marinha terá de procurar outras soluções para a manutenção dos seus navios de superfície.

Na carta que entregaram à comissão de Defesa Nacional, os representantes dos trabalhadores exigiram um "esclarecimento" por parte da tutela sobre esta questão, considerando que "não é admissível que se continue a protelar a libertação de verbas que, afinal, pertencem à Arsenal do Alfeite S.A.".

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