Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
14º
MIN 13º MÁX 19º

"Não há política de Esquerda com legislação laboral de Direita"

O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, reafirmou hoje a necessidade do Governo alterar a lei do trabalho, argumentando que não se pode fazer uma política de esquerda com legislação laboral de direita.

"Não há política de Esquerda com legislação laboral de Direita"
Notícias ao Minuto

17:22 - 26/01/18 por Lusa

Economia CGTP

Em declarações à Lusa, à margem do 11º Congresso da União dos Sindicatos de Coimbra, que decorreu na Figueira da Foz, o líder da CGTP-IN disse valorizar a reposição de "alguns rendimentos e direitos" dos trabalhadores no atual quadro político, com o Governo socialista apoiado pela esquerda parlamentar, mas considerou uma "questão de fundo" a revisão da legislação laboral.

"Não se pode fazer uma política de Esquerda com uma legislação laboral de Direita. Enquanto o Governo não mexer na legislação laboral dá sequência àquilo que foi feito anteriormente e nós não queremos isso", afirmou Arménio Carlos.

O líder sindical frisou, a esse propósito, que apesar da taxa de desemprego ter vindo a cair nos últimos meses, "na esmagadora maioria dos casos o emprego que é criado é precário e muito mal remunerado" e que Portugal continua a ter "baixíssimos salários e um modelo muito baseado na contratação a prazo e no recurso ao trabalho temporário".

"E é isso que é preciso mudar. Não basta constatar os factos, é preciso, a partir da constatação, passar à ação. E a ação só pode passar pela mexida na legislação do trabalho, tem de haver aqui uma alteração profunda em relação à legislação do trabalho, para combater eficazmente a precariedade", reafirmou Arménio Carlos.

As alterações que a CGTP-IN preconiza incidem também nas questões relacionadas com a contratação coletiva "porque o bloqueio da contratação coletiva está diretamente associado à não atualização anual dos salários", argumentou.

"O que verificamos é que estamos num quadro em que a economia cresceu na ordem dos 2,6%, mas as remunerações declaradas à Segurança Social ficaram, em termos médios, em 1,5%. Ora, a inflação foi de 1,4, portanto temos uma economia a crescer mas os salários estagnados, praticamente absorvidos pela inflação. Isto acentua as desigualdades e mantém uma pobreza laboral que é muito significativa, 10,8%", acrescentou o líder da CGTP.

As alterações que a CGTP quer ver consagradas incluem, entre outras e segundo Arménio Carlos, a revogação da norma da caducidade das convenções coletivas e outras relacionadas com despedimentos e indemnizações, a necessidade de assegurar uma organização do tempo de trabalho "que seja negociado e não imposto pelas entidades patronais, porque a sê-lo, tem uma relação direta com a redução da retribuição".

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório