Paul Romer demite-se de economista-chefe do Banco Mundial
O economista-chefe do Banco Mundial, Paul Romer, anunciou hoje a sua intenção de se demitir do cargo com "efeito imediato", depois de provocar uma polémica ao afirmar que o 'ranking' de competitividade foi manipulado para prejudicar o Chile.
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Em mensagem interna à instituição, a que a agência Efe teve acesso, o diretor do organismo, Jim Yong Kim, informou os empregados que a renúncia de Romer, que estava há apenas 15 meses no posto, tem efeito imediato.
"Apreciei a honestidade e a franqueza de Paul e sei que lamenta as circunstâncias da sua saída", indicou Kim.
O presidente da principal instituição de desenvolvimento mundial afirmou que Romer é "um destacado economista e uma pessoa perspicaz", adiantando que teve com ele "conversas muito boas sobre temas geopolíticos, de urbanização e o futuro do trabalho".
Romer vai voltar a dar aulas da Universidade de Nova Iorque.
Em artigo publicado no The Wall Street Journal, o economista-chefe do banco Mundial pediu desculpa ao Chile pela manipulação dos dados do país na classificação, com quedas no governo da socialista Michelle Bachelet e subidas durante a época de Sebastián Pinera, de centro-direita, e questionou a metodologia utilizada.
As palavras de Romer provocaram protestos por parte do governo de Chile, que exigiu uma explicação sobre a sua posição no relatório "Doing Business", um dos mais influentes do Banco Mundial, que analisa a facilidade para realizar negócios nos diferentes países.
Desde que chegou ao Banco Mundial, Romer teve vários conflitos com os técnicos da instituição, entre outras razões, devido à falta de clareza da redação dos documentos.
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