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Lundin Mining adia obras devido a greves na mina de Neves-Corvo

A companhia Lundin Mining anunciou hoje o adiamento de obras do projeto de 260 milhões de euros para expandir a produção de zinco na mina de Neves-Corvo, no Alentejo, devido às "perturbações laborais" e possíveis novas greves.

Lundin Mining adia obras devido a greves na mina de Neves-Corvo
Notícias ao Minuto

17:13 - 18/01/18 por Lusa

Economia Alentejo

Num comunicado enviado à agência Lusa, a companhia mineira sueca-canadiana dona da empresa Sominor, a concessionária da mina de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde, distrito de Beja, refere que "decidiu adiar as construções do Projeto de Expansão do Zinco/Zinc Expansion Project (ZEP) à superfície até que se verifique a estabilidade total da operação".

A Lundin Mining explica que tomou a decisão "dadas as perturbações laborais ocorridas no último trimestre de 2017 e a possibilidade de ocorrência de novas greves no primeiro trimestre de 2018" na mina de Neves-Corvo.

Nestas circunstâncias, "é crítico garantir a competitividade a longo prazo da mina de Neves-Corvo e que os projetos decorram de forma eficiente" para "atingir os retornos esperados do investimento", frisa a companhia, referindo que a Somincor espera arrancar com o projeto na sua totalidade "num futuro próximo".

Trabalhadores da Somincor fizeram três greves entre os meses de outubro e dezembro de 2017, as quais levaram a paragens na extração e na produção de minério na mina de Neves-Corvo.

Na semana passada, num plenário geral, os trabalhadores decidiram fazer nova greve caso não recebam até ao dia 29 deste mês uma proposta da nova administração para resolver o conflito laboral na empresa.

Os trabalhadores reivindicam o fim do regime de laboração contínua no fundo da mina, a "humanização" dos horários de trabalho, a antecipação da idade da reforma para os funcionários das lavarias, a progressão nas carreiras, a revogação das alterações unilaterais na política de prémios e o "fim da pressão e da repressão sobre os trabalhadores".

No comunicado hoje divulgado, a Lundin Mining considera que o projeto de 260 milhões de euros para expandir a produção de zinco "é um investimento que visa um futuro próspero e sustentável" da Somincor e "o seu sucesso representa também a sustentabilidade futura das comunidades e da região do Baixo Alentejo e, por essa razão, conta com o forte apoio do Governo português e das comunidades locais".

"Porém, para que o investimento continue e represente um futuro de sucesso, longo e sustentável para os colaboradores da Somincor e os empreiteiros gestores do projeto, a Lundin Mining necessita de estabilidade na operação no seu todo e de relações laborais igualmente estáveis e que permitam a continuidade do projeto sem quaisquer atrasos", frisa a companhia.

O projeto constitui "o maior investimento" feito na mina de Neves-Corvo desde que a Somincor iniciou a produção "há mais de 25 anos" e "não inclui o investimento anual de cerca de 50 milhões na sua operação normal", refere a companhia.

Trata-se de "um investimento de grande importância e relevância para a Lundin Mining" e "com um elevado impacto para os ´stakeholders` da Somincor em Portugal e no estrangeiro" e que "proporcionará a criação de emprego adicional" nas fases de construção e de laboração.

A Lundin Mining refere que a Somincor "continua a investir em projetos de prospeção e de desenvolvimento com vista à descoberta de novos depósitos de minério que possam vir a representar uma extensão da atual vida da mina de Neves-Corvo" até 2029.

O investimento no projeto para duplicar a produção de zinco na mina foi anunciado pelo presidente da Lundin Mining, Paul Conibear, numa cerimónia que decorreu em abril do ano passado no complexo mineiro e contou a presença dos secretários de Estado da Energia e do Ambiente.

Na altura, Paul Conibear explicou que o investimento irá permitir "duplicar" a produção anual de concentrado de zinco na mina de Neves-Corvo de um milhão de toneladas, atualmente, para cerca de 2,5 milhões de toneladas, e criar 350 postos de trabalho durante a fase de construção e mais de 200 postos de trabalho efetivos quando estiver em operação.

Paul Conibear disse trata-se de um projeto "grande e complicado" e na altura apontou dois anos para a concretização e "meados de 2019" como a data prevista para a conclusão do investimento.

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