Não resolução do conflito na Autoeuropa seria "derrota para portugueses"
O responsável da empresa representante da marca Volkswagen em Portugal, Pedro Almeida, afirmou hoje que seria uma "derrota para os portugueses" se o conflito laboral na fábrica do grupo alemão de automóvel Autoeuropa não se resolver.
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Economia SIVA
Na apresentação dos resultados da SIVA -- Sociedade de Importação de Veículos Automóveis, em Lisboa, o responsável começou por afirmar que não está preocupado com os conflitos atuais devido a horários e afastou a hipótese de a entrega de veículos ficar afetada.
"Mas tem que se resolver. É uma derrota para os portugueses se não se resolver", sublinhou, porém, Pedro Almeida, referindo estar a analisar "de fora".
O responsável do importador notou que o construtor alemão poderia encontrar uma solução se houvesse falha na produção prevista, como deslocalizar a fábrica. "Mas não acredito que isso vai acontecer", afirmou.
Pedro Almeida lembrou ainda o peso da fábrica de Palmela no Produto Interno Bruto (PIB) nacional e a criação de emprego, pelo que "não entende que não se chegue a um entendimento", referindo ainda o "absurdo da discussão".
Licínio de Almeida, diretor-geral da Volkswagen Portugal, informou que atualmente o novo modelo da marca, produzido na Autoeuropa, o T-Roc, demora a entregar entre dois a três meses, afirmando que a "produção está a seguir o idealizado".
Em Portugal, e com a diversificação de opções deste veículo SUV, o dirigente acredita que o T-Roc "rapidamente chegue aos 10%" de vendas.
Depois da rejeição de dois pré-acordos sobre os novos horários negociados previamente com os representantes dos trabalhadores, a administração da Autoeuropa anunciou a imposição de um novo horário transitório, para vigorar no primeiro semestre de 2018, e a intenção de dialogar com a Comissão de Trabalhadores (CT) no que respeita ao horário de laboração contínua, que deverá ser implementado em agosto, depois do período de férias.
O novo horário transitório, que entra em vigor nos últimos dias do mês de janeiro, com 17 turnos semanais, prevê o pagamento dos sábados a 100%, equivalente ao pagamento como trabalho extraordinário, acrescidos de mais 25%, caso sejam cumpridos os objetivos de produção trimestrais.
Os trabalhadores da Autoeuropa aprovaram em dezembro uma proposta para uma greve de dois dias, em 02 e 03 fevereiro.
A SIVA integra o conjunto de empresas que constituem o Grupo SAG, para a distribuição das marcas do grupo Volkswagen no mercado português - Volkswagen, Audi, Bentley, Lamborghini, Skoda e Volkswagen Veículos Comerciais -, segundo a informação disponível na sua página na internet.
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