China corta fornecimento de eletricidade a 'mineiros' de moedas virtuais
As autoridades chinesas planeiam reduzir o fornecimento de eletricidade às empresas que produzem moedas criptografadas, sobretudo a Bitcoin, informou hoje a imprensa local, num primeiro passo para reduzir a atividade do setor.
© Reuters
Economia Bitcoin
Pequim, 04 jan (Lusa) - As autoridades chinesas planeiam reduzir o fornecimento de eletricidade às empresas que produzem moedas criptografadas, sobretudo a Bitcoin, informou hoje a imprensa local, num primeiro passo para reduzir a atividade do setor.
O Banco do Povo Chinês (banco central do país) pediu às autoridades provinciais e locais que controlem o fornecimento de eletricidade para as empresas, designadas de "mineiras", na gíria da indústria.
A decisão foi tomada após uma reunião na sede do banco central, realizada na quarta-feira, segundo o jornal digital thepaper.cn.
O banco chinês não pode regular o consumo de eletricidade das empresas, mas pode pedir às autoridades locais que o façam.
A produção de moedas virtuais requer o uso de grandes quantidades de equipamento informático, visando realizar os complexos cálculos necessários para a geração de divisas, o que supõe um grande consumo de eletricidade.
As autoridades chinesas planeiam eliminar gradualmente as políticas que favoreceram as empresas que produzem moedas virtuais, incluindo medidas fiscais, avançou o portal de informação financeira Caixin.
Estas empresas instalaram-se perto de grandes centrais de produção de eletricidade, para assegurar o acesso a energia barata, mas o seu alto consumo está a suscitar preocupações.
A China é o maior consumidor e produtor mundial de bitcoins.
As novas medidas de Pequim contra a bitcoin surgem depois de em setembro passado ter ordenado as empresas que comercializam aquela moeda que não registem novos utilizadores.
As autoridades proibiram ainda os bancos e empresas de pagamentos que realizem transações de grandes valores com moedas virtuais.
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