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Candeeiros fabricados em Rio Tinto espalhados por todo o mundo

Escritórios de generais angolanos, cenários de filmes de Hollywood ou a sala da primeira-dama do Burquina Faso são alguns dos locais que contêm candeeiros produzidos em Rio Tinto, Gondomar, numa empresa gerida há quase 40 anos pela mesma família.

Candeeiros fabricados em Rio Tinto espalhados por todo o mundo
Notícias ao Minuto

07:20 - 18/12/17 por Lusa

Economia Castro Lighting

Modesto Castro, 67 anos, é o patriarca da família que gere a Castro Lighting. Com ele trabalham Nuno, Cláudia e Adolfo, filhos que, apesar de outros percursos e paixões, decidiram abraçar o negócio de um ex-militar do 25 de Abril que chegou a Gondomar aos 11 anos, vindo de Celorico de Basto.

"As empresas familiares não estão em extinção. A crise é algo que se combate com trabalho e sem medo", disse à agência Lusa Modesto Castro, fundador da empresa que exporta para 54 países, tendo como mercados mais fortes Portugal, Reino Unido, Espanha e recentemente a Rússia.

Soma-se a presença assídua em outros mercados europeus, na China e no continente americano.

Milão (Itália), Frankfurt (Alemanha), Paris (França) e Londres (Reino Unido) são alguns dos destinos para presença em feiras do setor já agendados no próximo ano.

A empresa de Rio Tinto, que emprega cerca de 90 funcionários, além de ter marca própria, trabalha com outras, tendo candeeiros espalhados por todo o mundo - "alguns deles não se pode revelar", como disse Modesto Castro - nomeadamente em casas de jogadores da bola ou de altas patentes.

O negócio completa em 2018 o seu 40.ª aniversário e, enquanto o fundador viver, garantiu, não sai da esfera familiar: "Os meus filhos estão a fazer um bom trabalho. Hoje sirvo quase como consultor e aconselho-os a seguir para a frente. Enquanto eu viver, garanto que não [sai da família Castro]. Depois não posso garantir", disse.

"O meu pai quando começou nem uma chave de parafusos tinha. Foi tudo conseguido com muito trabalho e dedicação, muito espírito de sacrifício e muita inteligência. Tentamos fazer o melhor e que venham mais 40 anos", apontou, por sua vez, o filho, um dos sucessores, Nuno Castro.

Do desenho do candeeiro, ao acabamento, Modesto Castro domina a técnica de fazer uma peça que define como "arte", destacando a importância da mão-de-obra pois, disse, mais de 80% dos seus produtos são feitos à mão e com apontamentos de artesão.

Este relato vai ao encontro da descrição de Rui Rodrigues, designer industrial da Castro Lighting, que vê como chave de sucesso a manutenção do estilo tradicional, mas com atenção às novas tendências.

"A Castro usava e usa muitos ornamentos e foram-se modernizando os processos de fabrico e também no design. Todos os modelos são desenvolvidos a pensar no passado da marca e no futuro, acompanhando as tendências", descreveu Rui Rodrigues, apontando a possibilidade de customização das peças, seja ao nível do tamanho, seja nos acabamentos a ouro, níquel ou bronze, como vantagens.

Já o segredo do crescimento da empresa, Modesto e Nuno Castro atribuem-no aos recursos humanos, com o primeiro a valorizar "a alegria no trabalho" e o segundo o "espírito de família". Ambos têm a convicção de que a mão-de-obra portuguesa é elogiada por todo o mundo.

O espaço atual, de cerca de 3.000 metros quadrados vai aumentar em 2018, ultrapassando os 5.000. O novo pavilhão surgirá ao lado do atual para suprir a atual falta de espaço com que a empresa se debate, de acordo com os responsáveis, que também contam ultrapassar a centena de colaboradores com este investimento que é de cerca de um milhão de euros.

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