Salário mínimo de 580 euros não convence patrões e sindicatos
À saída da reunião de Concertação Social, patrões e sindicatos manifestaram o seu descontentamento em relação à proposta do Governo.
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Economia Concertação Social
O Governo propôs, esta terça-feira, em sede de Concertação Social um aumento do salário mínimo nacional (SMN) no próximo ano, que se fixaria nos 580 euros - uma atualização de 23 euros (valor atual é de 557 euros).
À saída da reunião, as centrais sindicais voltaram a insistir nas suas propostas de 600 euros, no caso da CGTP, e de 585 euros, a UGT.
A CGTP, pela voz do secretário-geral Arménio Carlos, vincou, aliás, que se a atualização que exige não for aprovada, "não há acordo" em sede de Concertação Social.
No mesmo sentido foram as declarações do presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal. Vieira Lopes afirmou que "as empresas estão a ser esquecidas" e que por isso pondera não assinar qualquer acordo.
Já o ministro do Trabalho, Vieira da Silva confirmou,à saída da reunião da Concertação Social, em Lisboa, que "a proposta do Governo é de 580 euros, é aquela que está no programa do Governo".
"Se chegaremos ao fim com o valor de 580 euros? É muito provável", admitiu o ministro, sublinhando que o aumento "só tem uma leitura", que é a de que "a economia portuguesa pode encaixar nas suas variáveis estratégicas este aumento".
Refira-se que a Concertação Social tem agendada próxima reunião para o dia 19 de dezembro.
De acordo com o mais recente relatório de acompanhamento do acordo sobre a remuneração mínima, cerca de 728 mil trabalhadores portugueses recebiam, no primeiro semestre, o salário mínimo nacional.
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